Mantendo o foco nos problemas globais e no clima no BR, café tem mais um dia de baixas
O mercado futuro do café arábica encerrou as negociações desta quarta-feira (26) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Março/23 teve queda de 685 pontos, negociado por 212 cents/lbp, maio/23 teve baixa de 610 pontos, cotado por 213,85 cents/lbp, julho/23 teve queda de 570 pontos, valendo 215,50 cents/lbp e setembro/23 teve queda de 810 pontos, negociado por 199 cents/lbp.
Em Londres, o café conilon também teve um dia de desvalorização. Janeiro/23 teve queda de US$ 73 por tonelada, valendo US$ 1875, março/23 teve baixa de US$ 69 por tonelada, cotado por US$ 1864, maio/23 teve queda de US$ 66 por tonelada, valendo US$ 1857 e julho/23 registrou queda de US$ 66 por tonelada, valendo US$ 1853.
Os fatores macroeconomicos continuam pesando nas cotações de café, a preocupação com o consumo em importantes polos consumidores, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. "Os preços do café estão recuando devido a preocupações com a demanda devido ao aumento da inflação global, aumento das taxas de juros e temores de recessão", destacou a análise do site internacional Barchart.
A oferta conilon do Vietnã está em baixa para os preços do robusta. O Departamento Geral de Alfândegas do Vietnã informou em 7 de outubro que o Vietnã exportou 1,73 MMT de café na temporada 2021/22 que terminou em 30 de setembro.
Há pelo menos um ano e meio o produtor de café está convivendo com um mercado completamente adverso do que era visto nos últimos anos. Com "mercado invertido", ou seja, com o presente mais caro do que no futuro, o mercado tem sido pautado no dia a dia e com negociações limitadas.
As cotações do café arábica, em baixa nos últimos dez dias, chegaram a ser negociadas acima dos 220 cents/lbp na Bolsa de Nova York (ICE Future US), mas com poucos compradores, o mercado quase não apresentou liquidez. Com as baixas dos últimos dias o produtor se retraiu ainda mais vendo as negociações ficando abaixo de 218 cents/lbp.
"Essa inversão do mercado não foi benéfica para o produtor porque perdemos os grandes compradores do mercado de café, o mercado financeiro, que traz liquidez, bons preços para nós. Essa inversão de mercado, em vez de ser benéfica para o produtor, ela foi maléfica ", afirma Lúcio Dias, Superint. comercial da Cooxupé.
No Brasil, o mercado físico acompanhou e a saca de 60kg voltou ficar ainda mais próxima de R$ 1.000,00 nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,42% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.045,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 2,75%, negociado por R$ 1.060,00, Patrocínio/MG teve queda de 4,23%, cotado por R$ 1.020,00, Varginha/MG teve desvalorização de 3,70%, negociado por R$ 1.040,00 e Franca/SP teve baixa de 1,85%, cotado por R$ 1.060,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,32% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.119,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 2,54%, valendo R$ 1.150,00, Patrocínio/MG teve baixa de 3,60%, valendo R$ 1.070,00, Varginha/MG teve queda de 4,35%, valendo R$ 1.100,00 e Campos Gerais/MG teve desvalorização de 2,71%, negociado por R$ 1.075,00.
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