Cotações do café recuam pelo 3ª dia consecutivo com arábica no menor nível em 3 meses
A sexta-feira (14) chega ao final com os preços futuros do café arábica contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Nova York (NYBOT).
O vencimento dezembro/22 foi cotado à 196,70 cents por libra peso com queda de 5,45 pontos, o março/23 valeu 193,00 cents por libra peso com perda de 3,05 pontos, o maio/23 foi negociado por 190,95 com desvalorização de 2,65 pontos e o julho/23 teve valor de 189,25 com baixa de 2,55 pontos.
Segundo informações do site internacional Barchart, os preços do café na sexta-feira caíram acentuadamente pelo terceiro dia consecutivo, com o arábica caindo para uma mínima de 3 meses no futuro próximo e o robusta caindo para uma mínima de 2 meses.
A publicação explica que, os preços do café estão caindo porque o clima favorável no Brasil ajudou o florescimento dos cafeeiros e reforçou as perspectivas para a safra de café do próximo ano. A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que Minas Gerais teve 62,9 mm de chuva na semana passada, o equivalente a 243% da média histórica.
Os analistas do Barchart também apontaram que, as maiores exportações de café do Brasil ajudam a deixar em baixa os preços depois que o Cecafé informou na terça-feira que as exportações de café verde do Brasil em setembro aumentaram 7,1% na comparação anual, chegando em 3,1 milhões de sacas.
As movimentações baixistas também se mantiveram presentes na Bolsa de Londres (ICE Futures) para os preços futuros do café robusta ao longo desta sexta-feira.
A SAFRAS & Mercado acrescenta que, o mercado internacional de café teve uma semana de fortes baixas nas bolsas de futuros. Em Nova York, que baliza a comercialização internacional, os preços despencaram e romperam para baixo a importante linha técnica e psicológica de US$ 2,00 a libra-peso.
“As notícias trazendo melhores perspectivas em relação à oferta, especialmente do Brasil, derrubaram as cotações. Além disso, o cenário financeiro de aversão ao risco, com apreensões com recessão global, pesa sobre o mercado”, explica a consultoria.
No Brasil, a SAFRAS relata que, o bom desempenho das exportações em setembro trouxe maior tranquilidade em relação ao abastecimento global, após um período longo de amplas preocupações com oferta curta, diante de uma safra menor colhida pelo país em 2022 que o esperado
O vencimento novembro/22 valeu US$ 2.0,61,00 por tonelada com perda de 38 pontos, o janeiro/23 foi negociado por US$ 2.051,00 por tonelada com baixa de 46 pontos e o março/23 teve valor de US$ 2.032,00 por tonelada com desvalorização de 47 pontos e o maio/23 era negociado por US$ 2.019,00 com queda de 47 pontos.
O Barchar destaca que, o fornecimento de café robusta do Vietnã está pressionando os preços. O Departamento Geral de Alfândegas do Vietnã informou na sexta-feira passada que o Vietnã exportou 1,73 milhões de toneladas de café na temporada 2021/22 que terminou em 30 de setembro, uma alta de 4 anos.
Mercado Interno
Enquanto isso, as cotações do café no mercado interno brasileiro também registraram perdas ao longo deste último dia da semana.
No caso do café arábica tipo 6/7, a praça de Campos Gerais/MG registrou a maior movimentação negativa com queda de 2,60% e preço de R$ 1.122,00 a saca. Outras perdas aconteceram em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG e Espírito Santo do Pinhal/SP.
O café arábica tipo 6 teve sua maior perda registrada em Araguari/MG, com recuo de 8,738% e preço de R$ 1.150,00 a saca. Outras desvalorizações apareceram em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Campos Gerais/MG e Espírito Santo do Pinhal/SP. Por outro lado, Machado/MG (1,79%) e a média do Rio Grande do Sul (0,81%) tiveram elevações.
Para o café cereja descascada, a praça de Campos Gerais/MG foi novamente a que teve a maior redução, caindo 2,45% para o preço de R$ 1.1950,00 a saca. Outros recuos apareceram em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG e Espírito Santo do Pinhal/SP.
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