Café tem semana de pressão e recua 4% no acumulado semanal em Nova York

Publicado em 16/09/2022 17:35

Chuva, Brasil com colheita na reta final e estoques nos EUA pressionaram as cotações

O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta sexta-feira (16) com desvalorização para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).

O café teve uma semana de pressão para os preços diante da reta final da safra brasileira. Além disso, a Green Coffee Association divulgou alta de 3,6% nos estoques de café verde nos Estados Unidos, agora com 6.450.086 milhões de sacas, que ajudou a pressionar as cotações.

No acumulado da semana, o contrato referência recuouy 4,29% em Nova York. Além desses fatores, as previsões de uma rodada de chuva chegando no parque cafeeiro nos próximos dias. Por aqui, analistas continuam afirmando que o cenário ainda é de muita cautela e com o produtor ainda participando pouco do mercado. A tendência é que os negócios sejam retomados com mais frequência, se a retomada das chuvas se confirmar nas próximas semanas.

Dezembro/22 teve queda de 130 pontos, negociado por 215,10 cents/lbp, março/23 registrou baixa de 145 pontos, cotado por 209,75 cents/lbp, maio/23 teve queda de 145 pontos, valendo 206,50 cents/lbp e julho/23 teve queda de 140 pontos, cotado por 203,80 cents/lbp.

Na Bolsa de Londres, o café conilon também encerrou com desvalorização. Novembro/22 teve queda de US$ 24 por tonelada, negociado por US$ 2202, janeiro/23 teve queda de US$ 25 por tonelada, cotado por US$ 2189, março/23 teve baixa de US$ 25 por tonelada, cotado por US$ 2161 e maio/23 teve queda de US$ 24 por tonelada, negociado por US$ 2149.

Exportação marca a semana

Segundo o relatório estatístico mensal do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), a receita com os embarques brasileiros do produto alcançou o recorde histórico de US$ 5,904 bilhões de janeiro ao fim de agosto deste ano, o que representa crescimento de 61,4% em relação aos US$ 3,659 bilhões registrados nos primeiros oito meses de 2021. Já o volume recuou 5,3% no intervalo, saindo de 26,7 milhões de sacas de 60 kg para os atuais 25,3 milhões de sacas até o fim do mês passado.

Esse resultado foi alcançado com a atualização das estatísticas até agosto, quando o país exportou 2,762 milhões de sacas, ou 2,5% a menos na comparação com o mesmo mês de 2021, e obteve uma receita cambial de US$ 655,3 milhões, o que significa um crescimento de 49,5% ante agosto do ano passado.