Semana começa com mercado do café preocupado com a La Niña e avançando mais de 3%

Publicado em 22/08/2022 17:45
Em Londres, conilon acompanhou, mas valorização não foi tão expressiva

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As condições climáticas, assim como a quebra na safra brasileira voltaram ao radar do mercado e o mercado futuro do café arábica iniciou a semana com valorização expressiva para os principais contratos no pregão desta segunda-feira (22) na Bolsa de Nova York (ICE Future US).  

Dezembro/22 teve alta de 785 pontos, negociado por 221,20 cents/lbp, março/23 teve valorização de 735 pontos, negociado por 216,45 cents/lbp, maio/23 teve alta de 730 pontos, cotado por 213,85 cents/lbp e julho/23 teve alta de 730 pontos, negociado por 211,75 cents/lbp.  

Em Londres, o café conilon acompanhou e também encerrou com valorização. Novembro/22 teve alta de US$ 17 por tonelada, negociado por US$ 2243, janeiro/23 teve alta de US$ 16 por tonelada, valendo US$ 2222, março/23 teve alta de US$ 15 por tonelada, negociado por US$ 2193 e maio/23 teve alta de US$ 14 por tonelada, negociado por US$ 2186.   

De acordo com análise do site internacional Barchart, o café voltou a ter suporte na preocupação de mais um ano com La Niña impactando as áreas de produção no Brasil. "A Maxar Technologies disse hoje que as condições climáticas do La Nina devem durar até o final do ano, o que pode levar a pouca chuva no Brasil, agravando ainda mais as condições de seca", destacou a publicação.    

Os estoques de café arábica monitorados pela ICE continuam apertados e estão otimistas para os preços depois que os estoques da ICE na última segunda-feira caíram para uma nova baixa de 23 anos de 571.580, o nível mais baixo desde 1999.     

De acordo com analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas, o mercado de café volta a ter suporte na preocupação com a oferta brasileira. No exterior, matérias voltaram a circular reproduzindo os problemas climáticos enfrentados pelo produtor brasileiro nos dois últimos anos, com o combo seca+geada nas principais áreas de produção do país. 

A safra 22 vai se consolidando com quebra significativa nas principais regiões, mas no Brasil, a expectativa é de a qualidade ajude o produtor a agregar valor ao produto. 

Mercado Interno 

Dentro do Brasil, as movimentações do café também foram positivas no início de mais uma semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em diversas praças nas principais regiões produtoras brasileiras. 

No caso do café arábica tipo 6/7, a maior elevação foi registrada em Espírito Santo do Pinhal/SP com alta de 4,84% e preço de R$ 1.330,00 a saca de 60 quilos. Outras praças que tiveram ganhos nos preços foram Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Varginha/MG, Campos Gerais/MG e Franca/SP. 

O café arábica tipo 6 também teve o maior ganho registrado em Espírito Santo do Pinhal/SP com alta de 5,60% e preço de R$ 1.350,00 a saca de 60 quilos. Outras elevações apareceram em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Machado/MG, Varginha/MG, Campos Gerais/MG, Franca/SP e Média do Rio Grande do Sul. 

A cidade paulista de Espírito Santo do Pinhal também se destacou com a maior valorização apresentada para o café cereja descascado com alta de 4,58% e preço de R$ 1.370,00 a saca de 60 quilos. Outros ganhos apareceram em Guaxupé/MG, Poços de Caldas/MG, Varginha/MG e Campos Gerais/MG. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira

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Por:
Virgínia Alves e Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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