Café: Com preços tendo suporte na quebra do Brasil, Colômbia espera aproveitar alta para avançar no mercado em 2022
A tendência de preços firmes para o mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US) traz a previsão de um ano positivo para a produção da Colômbia, segundo maior produtor de café tipo arábica do mundo. As condições climáticas continuam gerando certa preocupação no país vizinho, que além de observar aumento contínuo no consumo interno da bebida, tem como foco promover a qualidade e diferencial do café colombiano também nos mercados interno e externo. "Nos últimos anos, o consumo mundial de café tem crescido cerca de 2% ao ano, e no caso de cafés especiais chega a 10%. Pela sua alta qualidade, o café colombiano tem uma demanda muito boa, então as perspectivas para 2022 são positivas", afirma a Federação Nacional dos Cafeicultores (FNC).
A FNC mantém também as atenções na safra 22 do Brasil. Apesar de ainda não ser possível quantificar o tamanho do impacto climático na produção, analistas continuam projetando cenário de preços firmes, o que pode ajudar a Colômbia a avançar mais em 2022 nas negociações. No ano passado, a produção foi afetada pelas condições climáticas, impasses políticos internos e o produtor também sentiu o peso da alta nos custos de produção. "O rumo é bem melhor, não vemos que os preços vão mudar porque a safra do Brasil vai ser uma safra pequena. A planta demora pelo menos dois anos para se recuperar e os preços não têm outra direção e o consumo também continua aumentando", afirma a FNC.
Promover a imagem do café é um dos focos da liderança colombiana. De acordo com FNC, há muitos anos a instituição tem focado em promover a diversidade do produto e esse trabalho deve ganhar ainda mais destaque neste ano. "A Colômbia oferece cafés excepcionais, altamente diferenciados e que representam uma melhor renda para os produtores e por isso continuaremos o trabalho nesse sentido. Hoje o consumidor está mais preparado, evoluindo cada vez mais para o que o café colombiano pode oferecer", acrescenta.
Segundo os dados da FNC, na safra 21 a produção foi de 14 milhões de sacas de 60 kg e a receita cambial da safra deve se aproximar de US$ 2 bilhões. Para 2022, a expectativa é de produção de 13,5 milhões de sacas. Deste montante, pelo menos 12,5 milhões de sacas devem ser exportadas.
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Os dados chamam atenção, já que a parceria entre Colômbia e Brasil se mostra cada vez mais sólida. De acordo com dados do Conselho de Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), no acumulado de janeiro a novembro, 1,037 milhão de sacas de janeiro a novembro, o que representou incremento de 39,2% ante 2020 e 2,9% dos embarques brasileiros totais ao longo de 2021. O relatório com os dados atualizados para o mês de dezembro será divulgado nos próximos dias pelo Cecafé.
Há alguns meses, o Cecafé vem destacando a participação da Colômbia nos embarques do Brasil. E segundo Marcos Matos, em entrevista ao Notícias Agrícolas, a necessidade de importação se dá justamente pela produção estabilizada na Colômbia, que alguns anos não ultrapassa as 14 milhões de sacas. Então com o café brasileiro, com suas qualidades e atributos, conseguimos suprir essa demanda", comentou. + Comprando cada vez mais do Brasil, Colômbia prevê exportar 12,5 milhões de sacas em 2022.
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