Comprando cada vez mais do Brasil, Colômbia prevê exportar 12,5 milhões de sacas em 2022
Roberto Vélez Vallejo, presidente da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC) atualizou, durante o 89º Congresso Nacional dos Cafeicultores, as projeções para a safra de 2022 no segundo maior produtor de café tipo arábica do mundo. As informações foram divulgadas pelo ABC ePaper da Colômbia. De acordo com a FNC, a produção colombiana pode chegar a 13,5 milhões de sacas de café em 2022, com previsão de exportar cerca de 12,5 milhões de sacas de 60 quilos.
Em relação à produção deste ano, Vélez comentou que o excesso de chuvas, influenciado pelo La Niña, impediu avanço na safra 21. A situação, no entanto, vem sendo compensada pela valorização do café na Bolsa de Nova York.
Destacou ainda que a contribuição do café para o Produto Interno Bruto (PIB) da Colômbia será de 1%. "Aqueles que acreditam que o café era só uma questão social, que a importância da cafeicultura só tinha a ver com aquele tecido social, mas que economicamente era preciso colocar café na gaveta do esquecimento porque não era um motor da economia, estavam errados", comentou.
Colômbia compra cada vez mais do Brasil
Os números do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) até o mês de outubro mostram que cada vez mais a Colômbia compra café proveniente do Brasil. De acordo com o último relatório, no acumulado entre janeiro e outubro de 2021, Colômbia importou 945.694 sacas, apresentando alta de 56,7% em relação ao mesmo período no ano passado. Desse total, 885.179 mil sacas são do grão verde, utilizado para industrialização e consumo interno.
"A gente observou um crescimento de consumo interno na Colômbia, questão natural dos países que vão amadurecendo e existe a necessidade dada a produção que é estabilizada entre 13 e 14 milhões de sacas na Colômbia. Então com o café brasileiro, com suas qualidades e atributos, conseguimos suprir essa demanda", comentou o diretor geral do Cecafé, Marcos Matos, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
Segundo analistas, a compra de café do Brasil por países produtores é uma condição que deverá continuar sendo observada no longo prazo. Em relação ao mês de novembro, o mercado aguarda agora o relatório do Cecafé que deverá ser divulgado nos próximos dias.
La Niña pode trazer mais problemas em 2022
Os modelos meteorológicos continuam prevendo atuação do La Niña nos próximos três meses. E apesar da intensidade do fenômeno climático ser considerada mais fraca por meteorologistas, poderá voltar a impactar o regime de chuva nos principais países produtores de café.
Além do Brasil, as condições climáticas nos demais países produtores também preocupam o setor. Caso o La Niña se confirme nos próximos meses, além do risco de comprometer o enchimento de grãos da safra 22, o excesso de chuvas na Colômbia e no Vietnã pode comprometer a qualidade do café nos dois países.
0 comentário
Após muita volatilidade bolsa de Londres encerra sessão desta 6ª feira (20) com quedas nas cotações futuras
Café em Prosa #195 - Museu do Café passa por reposicionamento institucional e ganha nova identidade visual
MAPA avança na assinatura dos contratos para desembolso de recursos do Funcafé para a Cafeicultura
Mercado cafeeiro segue volátil no início da tarde desta 6ª feira (20)
Futuros do café robusta recuam e saca volta a ser negociada na faixa dos US$ 4 mil/tonelada no inicio desta 6ª feira (20)
Safra de café 25/26 do Brasil deve cair 5%, para 62,45 mi de sacas, diz Safras