Com incerteza na safra 22 do Brasil, café arábica começa semana avançando 4% em NY
O primeiro pregão da semana encerrou com valorização de 4,01% para o mercado futuro do café tipo arábica na Bolsa de Nova York (ICE Future US). "Os preços do café arábica na segunda-feira estenderam a alta da semana passada e dispararam para uma alta de 1 mês com os sinais de safra seca de café no Brasil", destacou a análise do site internacional Barchart.
O mercado de café opera com valorização desde a semana passada e apoiado nas condições do parque cafeeiro no Brasil. Com a seca prolongada e os dois episódios de geadas no mês passado, os números para a produção do ano que vem seguem incertos.
Dezembro/21 tinha alta de 770 pontos, valendo 199,90 cents/lbp, março/22 teve valorização de 765 pontos, cotado a 202,40 cents/lbp, maio/22 teve alta de 760 pontos, cotado a 203,40 cents/lbp e julho/22 encerrou por 203,95 cents/lbp, com valorização de 750 pontos.
O período de floração importantíssimo para os cafeeiros brasileiros começa no mês que vem, e a falta de chuva pode reduzir a floração dos cafeeiros e reduzir ainda mais a produção do café. Ainda de acordo com a publicação, a Somar Meteorologia disse na segunda-feira que as áreas de cultivo de café no Brasil podem apresentar condições de seca e temperaturas acima do normal nas próximas duas semanas, o que reduzirá ainda mais os níveis de umidade do solo. "A disponibilidade de água no solo mineiro já se encontra em níveis críticos entre 0% e 30% quando o nível mínimo para o desenvolvimento da cultura é de 60%", complementa.
Produtores aguardam pelo retorno das chuvas para entender o real impacto das adversidades climáticas na produção. Para essa semana, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê o retorno das chuvas para Minas Gerais, mas sem atingir todas as áreas do parque cafeeiro.
Já a agência de notícias Reuters afirma ainda que a Fitch Solutions apontou que as cotações tendem a continuar subindo com a extensão dos danos para as lavouras brasileiras após as geadas ficando cada
vez mais claros. Isso ocorre ao mesmo tempo em que uma escassez de contêineres e o aumento dos casos de Covid provoca distúrbios para a logística de exportação no Vietnã.
No Brasil, o mercado interno acompanhou e encerrou com valorização nas principais praças comercializadora do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 2,91% em Guaxupé/MG, negociado por 1.132,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,89%, cotado a 1.080,00, Araguarí/MG teve alta de 3,70%, valendo R$ 1.120,00, Varginha/MG registrou alta de 1,33%, valendo R$ 1.140,00, Campos Gerais/MG teve alta de 3,65%, valendo R$ 1.137,00 e Franca/SP encerrou com valorização de 4,95%, valendo R$ 1.165,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 3,04% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.185,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 1,67%, valendo R$ 1.220,00, Campos Gerais/MG teve valorização de 3,46%, valendo R$ 1.197,00 e Varginha/MG teve queda de 1,27%, valendo R$ 1.170,00.
0 comentário
Após muita volatilidade bolsa de Londres encerra sessão desta 6ª feira (20) com quedas nas cotações futuras
Café em Prosa #195 - Museu do Café passa por reposicionamento institucional e ganha nova identidade visual
MAPA avança na assinatura dos contratos para desembolso de recursos do Funcafé para a Cafeicultura
Mercado cafeeiro segue volátil no início da tarde desta 6ª feira (20)
Futuros do café robusta recuam e saca volta a ser negociada na faixa dos US$ 4 mil/tonelada no inicio desta 6ª feira (20)
Safra de café 25/26 do Brasil deve cair 5%, para 62,45 mi de sacas, diz Safras