Em semana pautada pelo frio, Nova York encerra com queda de 13,53%
O mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta semana com desvalorização de 8,63% nas principais referências na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
Setembro/21 teve queda de 1695 pontos, valendo 179,55 cents/lbp, dezembro/21 teve baixa de 1685 pontos, cotado a 182,45 cents/lbp, março/22 registrou queda de 1675 pontos, valendo 184,65 cents/lbp e maio/22 teve queda de 1645 pontos, valendo 185,65 cents/lbp.
No acumulado semanal, a principal referência no mercado (setembro/21) teve queda de 13,59%. A correção nos preços era esperado pelo setor, mas analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas afirmam que o cenário continua sendo de preços firme para o café, principalmente porque o Brasil não tem estoque e a realidade é de incerteza quanto ao tamanho da produção de 2022 - que primeiro sentiu os impactos da seca e agora deve ser comprometida pelo frio intenso.
Nesta sexta-feira (30) mais uma vez o parque cafeeiro registrou geada em alguns pontos. Produtores, cooperativas e especialistas ainda estão levantando o tamanho do impacto, mas as primeiras informações indicam que o frio não tão extenso como no dia 20 de julho, mas ainda assim pode ter atingido algumas lavouras que não sofreram danos na outra semana.
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Recebendo as primeiras informações, o professor José Donizeti Alves destaca que é preciso esperar o decorrer do dia para entender a real extensão e o impacto do frio, mas destaca que a preocupação é também com as lavouras que já tinham sido atingidas anteriormente. A orientação para o produtor é manter a calma, principalmente porque é preciso aguardar pelas chuvas de setembro para saber como a planta vai responder ao frio.
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Já a análise internacional do site Barchart destacou que ageada atingiu cerca de 80% de Minas Gerais na noite de quinta-feira e causou apenas danos limitados às safras de café do Brasil, de acordo com a World Weather, o que gerou uma longa liquidação maciça de futuros do arábica dos fundos.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também recuou forte nesta sexta-feira. No acumulado semanal, o contrato referência (setembro/21) teve queda de 9,06% em Londres.
Setembro/21 teve queda de US$ 99 por tonelada, valendo US$ 1786, novembro/21 teve baixa de US$ 99 por tonelada, valendo US$ 1801, janeiro/22 registrou queda de US$ 98 por tonelada, valendo US$ 1787 e março/22 encerrou com baixa de US$ 98 por tonelada, valendo US$ 1781.
O café robusta tem o apoio da oferta reduzida de café robusta do Vietnã, o maior produtor mundial de café robusta. A escassez de contêineres na Ásia limitou as exportações de café robusta do Vietnã. "O Escritório Geral de Estatísticas do Vietnã informou na quarta-feira que as exportações cumulativas de café do Vietnã de janeiro a julho caíram -9,3%", acrescenta a análise do Barchart.
No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e finalizou com desvalorização nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 4,73% em Guaxupé/MG, neogciado por R$ 1.007,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 5,29%, valendo R$ 985,00, Araguarí/MG teve queda de 4,76%, cotado a R$ 1.000,00, Varginha/MG teve baixa de 6,25%, valendo R$ 1.050,00, Campos Gerais/MG registrou queda de 4,26%, valendo R$ 1.012,00 e Franca/SP teve baixa de 4,76%, cotado a R$ 1.000,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 14,53% em Varginha/,G, negociado por R$ 1.000,00, Guaxupé/MG teve queda de 4,50%, valendo R$ 1.060,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 5,45%, valendo R$ 1.040,00 e Campos Gerais/MG teve queda de 4,03%, valendo R$ 1.072,00.
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