Geada pode tirar 4,5 milhões de sacas da safra 22 de café, avalia exportadora
De acordo com os primeiros números divulgados, a geada registrada na madrugada de terça-feira (20), pode resultar em uma quebra de 3,25 milhões de sacas no sul de Minas Gerais, principal produtora de café tipo arábica do país. As informações são da Exportadora de Café Guaxupé, que segue levantando os dados. Considerando todas as áreas atingidas pela geada, a exportadora indica um total potencial de perda de 4,5 milhões de sacas.
"Em nossa primeira impressão, o impacto no Sul de Minas foi: 10% da área produzirá zero no ano que vem. 5% produzirá 25% e 5% produzirá 50% do potencial", afirma a exportadora, se referindo à produção do ano que vem. A publicação destaca ainda que o prejuízo total esperado para o Arábica do Sul de Minas é de 3,25 milhões de sacas.
Leia mais:
+ Café: Pelo menos 5 mil hectares foram atingidos pela geada na Alta Mogiana, estima Cocapec
"No dia 21/07 (quarta-feira), sobrevoamos o Cerrado e regiões de São Paulo. O Cerrado também foi muito afetado pelas geadas. Nossa visão inicial é que 10% da área produzirá 0 e 5% com 50% do potencial. Perda de 750 mil sacas", acrescenta. Já na Alta Mogiana, os números apontam para estimativa de 5% da área com 0 de produçãoe 5% com 50% do potencial. Segundo dados, o que resultaria em perda de 500 mil sacas.
É importante lembrar que a safra de 22 do Brasil, na teoria, voltaria a ser de ciclo alto, devido à bienalidade da cultura. Os desafios climáticos, no entanto, cada vez mais levantam incertezas sobre o tamanho da produção. Com déficit hídrico acentuado, especialistas apontam que a safra 22 já começa com prejudicada. + Matiello: Condição hídrica é pior que a do ano passado e safra de café 22 já começa prejudicada
Confira tabela divulgada pela exportadora:

Leia mais:
0 comentário

Colheita de café do Brasil atinge 20% do total e se aproxima da média, diz Safras & Mercado

Nova safra de café robusta consolida os preços mais baixos no fechamento da sessão desta 6ª feira (30)

Expocacer adota gestão preventiva para driblar os gargalos logísticos dos portos brasileiros

Colheita de café na Alta Mogiana segue lenta, com produtores aguardando melhor maturação do grão

Mapeamento de qualidade de café auxilia cafeicultores na identificação de cafés especiais no Cerrado Mineiro

ICE mudará precificação de contratos de café arábica para toneladas métricas