Arábica fecha com 435 de alta, em dia marcado por queda do dólar e previsão de frio no parque cafeeiro
Em dia de forte recuo para o dólar, mercado cafeeiro atento à redução da oferta brasileira e nas previsões meteorológicas, o mercado futuro do café arábica encerrou as cotações desta quarta-feira (14) com valorização acima de 400 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Future US).
As principais referências encerraram o pregão com alta de 435 pontos. Setembro/21 encerrou cotado a 156,60 cents/lbp, dezembro/21 valendo 159,45 cents/lbp, março/22 teve alta de 162 cents/lbp e maio/22 teve alta de 163,30 cents/lbp.
Em Londres, o café conilon acompanhou e também encerrou com valorização. Setembro/21 registrou alta de US$ 45 por tonelada, valendo US$ 1762, novembro/21 teve valorização de US$ 44 por tonelada, valendo US$ 1756, janeiro/22 subiu US$ 25 por tonelada, valendo US$ 1730 e março/22 teve alta de US$ 19 por tonelada, valendo US$ 1710.
"Os preços do café se recuperaram na quarta-feira, depois que a World Weather informou que algumas áreas cafeeiras da região de Minas Gerais podem sofrer "geadas irregulares" entre 20 e 21 de julho", destacou a análise do site internacional Barchart.
O analista de mercado Haroldo Bonfá, reforça que o mercado também responde às previsões de uma nova frente fria entrando no parque cafeeiro nos próximos dias. As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam queda nas temperaturas em parte do centro-sul do Brasil a partir do dia 20.
"A falta de chuvas no Brasil é outro fator de alta para os preços do café depois que a Somar Meteorologia informou na segunda-feira que não houve chuvas na semana passada no estado brasileiro de Minas Gerais, a maior região produtora de arábica do país", complementa a análise internacional.
Além disso, a valorização do real brasileiro ante ao dólar deu um impulso aos preços do café, com o real subindo + 1,55% durante o pregão em Nova York. Já no fechamento, a queda foi ainda mais acentuada e o dólar encerrou com queda de 1,87% e cotado a R$ 5,08 na venda.
"O dólar fechou em forte queda contra o real nesta quarta-feira, refletindo o alívio de temores sobre um aperto monetário mais cedo do que o esperado nos Estados Unidos e uma recepção positiva dos investidores às alterações nas propostas de tributação do governo brasileiro, destacou a agência de notícias Reuters.
No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e também encerrou com valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 0,58% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 872,00, Patrocínio/MG teve alta de 1,74%, cotado por R$ 875,00, Varginha/MG teve alta de 1,13%, valendo R$ 897,00 e Franca/SP teve valorização de 1,16%, valendo R$ 870,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 0,54% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 925,00, Patrocínio/MG teve alta de 2,25%, valendo R$ 910,00, Varginha/MG teve alta de 1,08%, negociado por R$ 935,00 e Campos Gerais/MG teve alta de 0,54%, valendo R$ 929,00.
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