Café: Mercado segue atento ao baixo volume de chuva no Brasil e arábica finaliza com valorização
O último pregão da semana foi movimentado para o mercado de café. Os preços do café na sexta-feira se estabilizaram moderadamente mais altos, com o arábica em uma alta de 7 semanas e o robusta em uma alta de 5 semanas.
Na Bolsa de Nova York (ICE Future US), o café arábica oscilou a variação de alta entre 100 e 300 pontos, finalizando a semana com alta acima de 200 pontos nas principais referências.
Julho/21 teve alta de 235 pontos, negociado por 138,50 cents/lbp, setembro/21 teve alta de 235 pontos, valendo 140,40 cents/lbp, dezembro/21 encerrou com valorização de 230 pontos, valendo 142,75 cents/lbp e março/22 teve alta de 225 pontos, valendo 144,65 cents/lbp.
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Para o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, a volatilidade e as altas dessa sessão ainda estão dentro do esperado pelo mercado. Já a análise internacional do site Barchart, os preços voltaram a ter suporte no clima adverso do Brasil. "A secura excessiva no Brasil, que pode reduzir a produtividade do café, está alimentando a compra de futuros de café", destacou a publicação.
Ainda nesta semana, os preços de café arábica também tiveram suporte na baixa dos estoques de café verde da Green Coffee Association (GCA). O último relatório mostratou uma baixa de 1,9% nos estoques americanos.
No acumulado semanal, o principal contrato, julho/21, teve um aumento de 5% no mercado futuro. Na segunda-feira (19), o preço final de negociação foi de 131,90 cents/lbp.
Apesar do retorno das chuvas no parque cafeeiro, o volume continua ficando abaixo do ideal nas principais áreas produtoras do país, o que levanta ainda mais incerteza quanto à produção brasileira. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o Guilherme Salgado Rezenda - presidente da BSCA, destacou que as condições são preocupantes para a safra de cafés especiais, que assim como o arábica pode ser duramente afetada pelo clima adverso.
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A tendência é que o mercado siga acompanhando as condições das lavouras brasileiras nos próximos dias, sobretudo porque com a aproximação do frio nas principais áreas produtoras do país, o mercado tende a ser cada vez mais climático, apresentando certa volatilidade.
Na Bolsa de Londres, o café tipo conilon também encerrou a semana com valorização. Julho/21 teve alta de US$ 8 por tonelada, negociado por US$ 1416, setembro/21 subiu US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 1436, novembro/21 também teve alta de US$ 12 por tonelada, negociado por US$ 1453 e janeiro/22 registrou valorização de US$ 13 por tonelada, encerrando a semana valendo US$ 1468.
No acumulado semanal, a principal referência no mercado, julho/21 registrou elevação de 2,24%. Na segunda-feira (19), o contrato encerrou o pregão valendo US$ 1385.
Assim como no arábica, a produção de café conilon em Rondônia sente os impactos do clima. De acordo com o Governo de Rondônia, por conta do baixo volume de chuva, o estado deve manter a produção em 2,3 milhões de sacas, valor semelhante ao produzido no ano passado.
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No Brasil, o mercado físico acompanhou o exterior e também finalizou a semana com valorização nas principais praças produtoras do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,17% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 777,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,96%, valendo R$ 737,00, Patrocínio/MG de 2,11%, negociado por R$ 725,00, Araguarí/MG teve valorização de 2,67%, valendo R$b 770,00, Varginha/MG valorização de 1,70%, negociado por R$ 778,00, Campos Gerais/MG registrou valorização de 1,30%, negociado por R$ 782,00 e Franca/SP teve alta de 2,60%, valendo R$ 790,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 2,35% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 829,00, Poços de Caldas/MG teve alta de 0,90%, valendo R$ 782,00, Patrocínio/MG registrou valorização de 2,03%, negociadod por R$ 755,00, Varginha/MG teve alta de 2,53%, negociado por R$ 810,00 e Campos Gerais/MG registrou alta de 1,20%, negociado por R$ 842,00.
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