Seca provocou prejuízos à produção cafeeira no Brasil em 2020
A seca trouxe severos prejuízos à cafeicultura, aponta a Pesquisa da Safra Cafeeira 2020 elaborada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Café Point. O estudo ouviu 321 produtores de nove estados entre 1º de outubro e 19 de dezembro de 2020.
Segundo o levantamento, a ocorrência de déficit hídrico foi mencionada por 89% dos respondentes, sendo que 77% indicaram que a severidade deste problema comprometeu a produção da próxima safra que será colhida em 2021.
“O setor sofreu em 2020 uma das maiores secas dos últimos 20 anos, cenário que afetará a safra 2021, esperando-se, inclusive, um déficit mundial de café devido ao impacto do clima”, afirmou Raquel Miranda, assessora técnica da Comissão Nacional do Café da CNA.
A pesquisa também sinalizou que houve impacto da pandemia do novo coronavírus na disponibilidade de mão de obra para a colheita de café. Entre os produtores que participaram da pesquisa, 31% afirmaram que sofreram de alguma maneira.
“Através do acompanhamento do setor realizado pela CNA, há indicativo de que em algumas regiões com maior dependência de mão de obra migrante, houve elevação dos custos com a contratação de colaboradores safristas e o preço pago pela medida de café colhido”, ressaltou Raquel.
Segundo o estudo, houve crescimento de 7% na realização de venda futura em comparação com os resultados levantados no ano anterior. Outro dado destacado foi o aumento na adoção da colheita mecanizada.
O levantamento também aponta a contribuição das pequenas e médias propriedades para a cafeicultura. As pequenas propriedades, com área inferior a 50 hectares, representam o perfil fundiário de 65% dos produtores respondentes, enquanto que 47% possuem propriedades com menos de vinte hectares.
Raquel pontua que a contribuição da agricultura familiar para a cafeicultura brasileira é ainda maior do que aponta o resultado da pesquisa da CNA e Café Point. “De acordo com os dados oficiais do IBGE, 85% dos estabelecimentos com café possuem área inferior a 50 hectares e 69% têm área entre 1 e 20 hectares.”
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