Conab: Estoques de café certificado em Nova Iorque estão em alta
MERCADO EXTERNO
Os estoques de café certificado em Nova Iorque seguem em alta: na semana, eles cresceram 3,14%, enquanto no mês de fevereiro, a alta é de 6,16%. Esse fator contribuiu para que os preços apresentassem tendência de queda na semana. Os contratos futuros para março sofreram uma redução de 2,3% na semana, fechando a semana cotados a 121,15 cents/lbp; para maio/21, a queda foi de 2,5%, valendo 123,05 cents/lbp; por fim, os contratos com vencimento em julho de 2021 fecharam com queda de 2,4%, cotado a 125 cents/lbp.
Apesar de 2020 apresentar menor desempenho, com queda de 7,22% no valor exportado, a expectativa dos exportadores vietnamitas é melhor para esse ano, aproveitando-se dos acordos comerciais, a se destacar, o acordo com a União Europeia, maior consumidora de café no mundo. Na semana, o café robusta para março ficou estável, com queda de 0,22%, iniciando a semana cotado a US$ 1.335 por tonelada e fechando sexta-feira cotado a US$1.332 por tonelada. A queda nos preços do café arábica acabaram sendo responsáveis por essa queda.
MERCADO INTERNO
Os preços internos também ficaram estáveis durante a semana: em Minas Gerais, para o café arábica, ficaram em R$ 672,00, o que significou uma queda de 0,07% em relação aos preços da semana anterior. O café conilon não teve modificação nos preços, ficando com a média semanal de R$ 397, a mesma da semana anterior, com poucas negociações na semana.
Com mais de 80% do produto comercializado e sabedores da quebra para a próxima safra, os produtores estão com a oferta retraída, fazendo negócios de oportunidade e mantendo os preços mais elevados. O mês de fevereiro tinha começado mais aquecido que janeiro nas exportações de café, mas acabou abaixo até o dia 16: os embarques mostravam exportação de 1.572.248 sacas de café arábica, 191.086 sacas de café conilon e 166.474 sacas de café solúvel, totalizando 1.929.808, 1,11% inferior ao mesmo período do mês de janeiro. A possibilidade de uma maior abertura nos EUA, com uma redução significativa nos casos de covid-19 abrem espaço para uma maior demanda por café brasileiro, o que deve impulsionar os preços.
O fenômeno La Niña, apesar da diminuição da intensidade no momento, pode se manter por todo 2021, pois a simulação americana CFSv2 prevê uma tendência de intensificação do resfriamento a partir de março, o que faria a pacífico ficar mais resfriado até o final do ano. Em relação ao clima, a frente fria vem causando muitas chuvas na região sudeste e as chuvas devem continuar até o final de fevereiro, especialmente na região norte de São Paulo, sul de Minas Gerais e Zona da Mata de Minas, regiões de produção de café.
DÓLAR
O dólar na semana se manteve bastante estável, iniciando a segunda-feira cotado a R$5,38, com altas e baixas bem pequenas. Nem o medo da situação fiscal brasileira afetaram a cotação e a moeda norte-americana fechou a semana cotada a R$5,37. O dólar futuro apresenta tendência de leve alta para o mês de março, com a possível retomada da economia americana e o avanço da vacinação no Brasil, que devem afetar positivamente o real nesse período de muito dinheiro girando no mercado global.
Fonte: CONAB
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