Projeto “Rede Estadual de Avaliação de Clones de Café em Rondônia” viabiliza melhoramento genético
A análise do desempenho agronômico de 64 clones de café clonal, durante cinco safras de produção nas principais regiões produtoras de Rondônia, é apontada como uma das principais metas do projeto “Rede Estadual de Avaliação de Clones de Café em Rondônia”, lançado pelo governo estadual, nesta quarta-feira (17), e desenvolvido a partir da parceria entre Superintendência Estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura (Sedi) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) por meio de convênio que viabilizará pesquisas e melhoramento genético do café.
A perspectiva do Governo de Rondônia é elevar ainda mais a cadeia produtiva da cafeicultura, com maior destaque na quantidade, qualidade e sustentabilidade, possibilitando desenvolver cultivares clonais mais resistentes ao ataque de pragas, boa qualidade de bebida e alta produtividade, resultando num ganho econômico pela redução do uso de agrotóxicos e de outros custos de produção. A tecnologia empregada é responsável pela redução expressiva no tempo de seleção, melhoramento e liberação comercial dos grãos, algo que anos atrás levaria décadas para ser concluído.
Ao participar do lançamento do projeto “Rede Estadual de Avaliação de Clones de Café”, o governador de Rondônia, coronel Marcos Rocha, fez uma breve explanação do crescimento do agronegócio, chamando a atenção sobre o setor que não parou em nenhum momento, mesmo com o enfrentamento da pandemia do coronavíris, superando a meta projetada pelo governo estadual.
O projeto prevê que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é a instituição que vai desenvolver a pesquisa por cinco anos, com recurso repassado pelo Governo do Estado, e avaliar qual o melhor clone de café para determinada região, possibilitando uma avaliação do desempenho agronômico, que será feita por pesquisadores e produtores e se dará nas principais regiões produtoras do Estado em cinco ensaios. Serão analisadas diversas características como: produtividade, qualidade de bebida, compatibilidade, resistência a pragas e doenças, tolerância à seca, entre outras.
“Com esses investimentos, faremos com que o Estado possa crescer ainda mais. Rondônia está atraindo investidores e isso é muito bom. A Sedi não tem parado e avançou com projetos que têm dado certo, inclusive na questão de financiamento, buscando formas e alternativas que acompanham o desenvolvimento do Estado. A Embrapa é parceira, que tem trabalhado fortemente, e todos os seus projetos que forem de interesse do avanço de Rondônia, iremos trabalhar em parceria, como o melhoramento genético, para desenvolvermos o melhor café. Estamos avançando e vamos subir nesse ranking, assim como já somos os primeiros em outros setores. Essa união de forças fará com que sejamos mais fortes”, disse o governador, enfatizando, inclusive, que países têm olhado para o Estado, que se apresenta como o quinto maior produtor de café do Brasil.
O secretário da Sedi afirma, que o projeto garante qual será o melhor clone de café para determinada região e, em seguida, se tornará público. Serão diversos clones diferentes, que vão ajudar o produtor a elevar a produção. “A Embrapa vai pesquisar por cinco anos com investimento do Estado, onde será avaliado qual o melhor clone de café para aquela região. Serão cinco experimentos em cinco regiões, onde serão pesquisados mais de 60 clones diferentes. É um projeto inovador que o governador, Marcos Rocha, está plantando e o recurso já foi repassado para a primeira etapa”, disse Sérgio Gonçalves, acreditando que a cadeia produtiva do café será elevada a outro patamar.
Além de Embrapa, darão apoio na execução a Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater) e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri). O projeto deve selecionar 64 clones de mudas de café para ensaio em cinco diferentes propriedades de cafeicultura rondoniense: Cacoal, Alta Floresta d’Oeste, Ariquemes, Rolim de Moura e Alvorada do Oeste.
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