Chuva intensa pode atrasar até 1 mês a colheita do conilon no Vietnã e Bolsa de Londres reflete nos preços
Durante o mês de outubro já choveu cinco vezes acima da média dos últimos cinco no Vientnã e apesar de ter sido benéfico para produção do café tipo conilon, a partir de agora as chuvas intensas começam a preocupar o setor e o mercado já acompanha de perto as condições do clima no maior polo de produção de conilon do mundo. Vale lembrar que a Administração Oceânica e Atmosférica (NOAA) já confirmou a atuação do La Niña, o que pode gerar um excesso de chuvas para o Vietnã nos próximos meses.
Segundo Fernando Maximiliano, analista de mercado da Stonex, operadores na Bolsa de Londres já estão com o radar ligado para as condições do Vietña. Um estudo feito pela Stonex, em agosto, já indicava a possibilidade de chuvas acima da média para o país, podendo gerar um transtorno para o produtor de conilon. "Está chovendo com precipitações bem expressivas por lá e já há quem diga que caso as chuvas continuem nesse ritmo, o Vietnã pode ter um atraso de até um mês na colheita", comenta o especialista.
O atraso na colheita pode impactar diretamente a qualidade do café. "Até o momento a chuva beneficiou a produção, nessa fase de enchimento do fruto, mas a partir de agora o Vietnã realmente pode ter problemas", afirma Fernando. O excesso de chuvas deve implicar justamente na qualidade do café.
Falando em mercado, Maximiliano relembra que nos últimos três semestres o mercado realizou alguns ganhos para o preço no mercado futuro, tendo como base a expectativa de uma queda na produção em 2020. Os números mais recentes, no entanto, sinalizam um incremento na produção vietnamita nas duas mais províncias produtoras do país.
Em Lon Dong, é esperado uma produção de 8.7 milhões de sacas, número que representa um aumento de 1.9% e em Kou Tun é esperada uma produção de 785 mil sacas, com alta de 6.9% na produção. "O que nós temos então são dois cenários, tudo indica que a queda na produção não será tão intensa como era previsto, mas por outro lado, as chuvas podem impactar diretamente na qualidade desse café", comenta o especialista.
Nesta segunda-feira (19), a Bolsa de Londres finalizou com valorização para os principais contratos. Novembro/20 teve alta de US$ 7 por tonelada, valendo US$ 1280, janeiro/21 teve alta de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 1305, março/21 registrou alta de US$ 5 por tonelada e maio/21 registrou alta de US$ 5 por tonelada, negociado por US$ 1325.
"Um sistema climático La Niña está prolongando a estação chuvosa nas Terras Altas Centrais do Vietnã, a maior região produtora de café do país. O clima úmido está impedindo que os grãos de café amadureçam, já que a Associação de Café Buon Ma Thuot do Vietnã disse hoje que apenas 10% dos cafeeiros nas Terras Altas Centrais têm frutos maduros, muito menos do que nos anos anteriores", destacou o site internacional Barchart em sua análise diária.
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