Café tem dia de baixas em NY e no físico: Preocupação com consumo faz preços caírem

Publicado em 29/04/2020 16:32

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O mercado futuro do café arábica encerrou o pregão desta quarta-feira (29) com baixas para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações voltaram a registrar baixas após encerrar a última sessão com altas. Mais uma vez os preços tiveram pressão com base nas incertezas do consumo de café e estoques cheios em principais consumidores do grão, como por exemplo, a Europa. 

Julho/20 teve queda de 230 pontos, negociado por 105,30 cents/lbp, setembro/20 tinha baixa de 200 pontos, valendo 106,60 cents/lbp e dezembro/20 encerrou com desvalorização de 185 pontos, negociado por 108,40 cents/lbp. 

Segundo o site internacional Barchart, os preços do café tiveram mais um dia de pressão e dúvidas quanto ao consumo durante este período de Coronavírus, há no setor uma preocupação de que a queda induzida pela pandemia na economia global reduza a demanda de café.

"Corretores de café brasileiros estão relatando que alguns compradores internacionais de café, principalmente na Europa, estão solicitando que as remessas de café do Brasil demorem até 90 dias, à medida que suas instalações de armazenamento de café estiverem cheias. A fraca demanda levou ao aumento dos estoques de café, com muitos cafés, restaurantes e outras indústrias ainda fechadas na Europa", afirmou em sua análise diária. 

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Além do consumo, as condições de clima no Brasil também podem ter influenciado nos preços "O tempo seco no Brasil é benéfico para a colheita de café do país e negativo para os preços do café", destacou. A Somar Meteorologia disse na segunda-feira que as chuvas em Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, foram de apenas 0,1 mm na semana passada, ou 1% da média histórica.

Eduardo Carvalhaes destaca que o mercado continua com a necessidade de ser avaliado diariamente e os fundamentos básicos do mercado do café nem sempre estão podendo ser levados à risca diante da situação do Cornavírus. As incertezas que sondaram toda a economia brasileira nos últimos dias, em relação ao ministrio Paulo Guedes, também podem influenciar diretamente nos preços. 

Ainda de acordo com Eduardo, as características do mercado têm mudado de maneira muito rápida, reforçando mais uma vez a necessidade da avaliação diária. "Não acho que seja algo só de fundamento, além de tudo estamos se preparando para uma colheita de ciclo alta", afirma o analista do Escritório Carvalhaes. 

O mercado físico também foi marcado por baixas nas principais praças produtoras do país

O tipo 6 duro teve queda de 2,56% em Guaxupé/MG, valendo R$ 570,00. Poços de Caldas/MG registrou queda de 1,69%, negociado por R$ 580,00 em Araguarí/MG e Franca/SP a baixa foi de 1,72% e os valor mantido em R$ 570,00.

O tipo 4/5 teve queda de 1,67% em Poços de Caldas/MG, valendo R$ 590,00. Varginha/MG registrou desvalorização de 0,83%, negociado por R$ 595,00 e Franca/SP teve baixa de 1,69%, valendo R$ 580,00.

O tipo cereja descascado teve queda de 2,38% em Guaxupé/MG, valendo R$ 615,00. Poços de Caldas/MG registrou baixa de 1,47%, valendo R$ 670,00. Varginha/MG registrou a baixa maise expressiva, de 3,23% e estabelecendo os preços por R$ 600,00.

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Tags:
Por:
Virgínia Alves
Fonte:
Notícias Agrícolas

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