Café arábica sobe pelo segundo dia seguido em NY e dez/19 vai a 96 cents /lb com foco no BR
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (21) com altas de mais de 50 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado estende os ganhos da última sessão acompanhando informações do Brasil.
O vencimento dezembro/19 teve alta de 65 pontos, cotado a 96,35 cents/lbp, e o março/20 anotou 99,70 cents/lbp com 60 pontos de ganhos. O maio/20 avançou 55 pontos, a 101,90 cents/lbp e o julho/20 teve avanço de 45 pontos, a 103,90 cents/lbp.
Depois de oscilar dos dois lados da tabela nesta segunda-feira, o mercado externo do arábica encerrou o dia estendendo os ganhos da última sexta-feira (18). Dá suporte aos preços externos informações sobre o Brasil, maior produtor e exportador.
De acordo com o site internacional Barchart, os futuros do arábica na ICE testaram máximas de mais de uma semana. Essa foi a segunda sessão seguida de avanço depois de quedas seguidas nos últimos dias no terminal externo da variedade.
"O arábica para dezembro/19 se recuperou das perdas iniciais nesta segunda-feira e fechou em alta com as preocupações da safra brasileira depois que dados da Somar Meteorologia mostraram que as chuvas em Minas Gerais, maior região produtora, mediam 7,6 mm na semana passada, apenas 21% da média histórica", destacou o Barchart.
Também segue no mercado a informação da Cooxupé, que em entrevista para a agência de notícias Reuters, disse que já vendeu toda sua oferta de contratos com entregas futuras. A Cooxupé está em Guaxupé e é a maior cooperativa de café do Brasil.
"Os fundos venderam uma quantidade enorme de café nos últimos 30 dias, e esse café não existe, então não sei como vai ficar isso", disse o superintendente comercial da Cooxupé, Lúcio de Araújo Dias para a agência internacional de notícias.
O arábica recuava forte nos últimos dias, ficando abaixo de 95 cents por libra-peso com informações de ampla oferta. Produtores no Brasil, no entanto, relatavam as altas temperaturas e poucas chuvas depois da florada, o que prejudicaria a safra 2019/20.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro de café seguiram com baixa liquidez nos últimos dias e a semana começa já sem fôlego. Nesta segunda-feira, no entanto, algumas praças de comercialização registraram alta nos preços dos tipos mais negociados.
"Os preços baixos praticados no mercado de café, que se acentuaram em 2018 e no decorrer deste ano, desestimulam (ou impedem por falta de recursos) muitos produtores a fazerem os tratos culturais necessários em seus cafezais", afirma o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2% e saca a R$ 490,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 5,49% e saca a R$ 430,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi verificada em Varginha (MG) com queda de 2,38% e saca a R$ 410,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 430,00 e alta de 2,38%. A maior oscilação no dia foi registrada em Araguari (MG) com alta de 4,76% e saca a R$ 440,00.
Na sexta-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 419,99 e alta de 1,44%.
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