Café: Bolsa de Nova York volta a cair nesta 3ª e dezembro/19 vai a 94 cents/lbp
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (15) com leves baixas na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado foi pressionado pela oscilação do dólar ante o real e movimentos técnicos ante a alta na véspera.
O vencimento dezembro/19 teve queda de 40 pontos, a 94,45 cents/lbp, e o março/20 anotou 97,95 cents/lbp com 50 pontos de perdas. O maio/20 perdeu 55 pontos, a 100,20 cents/lbp e o julho/20 teve desvalorização de 60 pontos, a 102,35 cents/lbp.
O mercado externo do arábica chegou a avançar no início dos trabalhos desta terça-feira, estendendo os ganhos da sessão anterior. No entanto, durante o período da tarde, os preços externos voltaram a cair acompanhando a movimentção do dólar.
De acordo com o site internacional Barchart, os preços do café voltaram a cair, depois da alta na véspera, estendendo as perdas nos contratos mais próximos da baixa de sexta-feira. No entanto, ainda há suporte das condições do tempo no cinturão brasileiro.
Às 16h18, o dólar comercial tinha alta de 0,77%, cotado a R$ 4,16 na venda, acompanhando a cena externa. O dólar mais alto em relação ao real tende a encorajar as exportações, mas em compensação pesa sobre os preços externos.
"A falta de sinalizações concretas sobre o acordo comercial entre EUA e China continua a trazer incerteza. Já estamos vendo esse cenário misto nas negociações há um tempo e o mercado precisa ver um acordo com avanços substanciais para acreditar que as coisas estão andando", disse à Reuers Alessandro Faganello, operador de câmbio da Advanced Corretora.
A Safras & Mercado reportou que a comercialização da safra 2019/20 de café do Brasil chegou a 53% até o dia 08 de outubro, com 31,03 milhões de sacas de 60 kg. As vendas avançaram seis pontos percentuais ante o último levantamento e deram sustentação aos embarques no início da temporada.
Mercado interno
Os negócios no mercado brasileiro continuam lentos, mas houve alta no dia em algumas praças com o exterior. "No mercado físico brasileiro de café, os negócios, que já vinham sendo fechados com dificuldades devido aos preços baixos oferecidos pelos compradores, travaram de vez e a semana foi bastante negativa", destacou na sexta o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 471,00 e alta de 1,29%. A maior oscilação ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 2,04% e saca a R$ 500,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 – estável. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha (MG) com alta de 1,20% e saca a R$ 420,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 440,00 – estável. A maior variação ocorreu em Média Rio Grande do Sul com alta de 2,44% e saca a R$ 420,00.
Na segunda-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 414,88 e alta de 0,28%.
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