Café: NY fica próxima da estabilidade nesta 6ª, mas encerra semana com alta de mais de 2%
As cotações futuras do café arábica encerraram esta sexta-feira (27) com leves altas na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado oscilou dos dois lados da tabela durante o dia em movimentações técnicas, câmbio e safra do Brasil. Na semana, houve alta acumulada de 2,54%.
Os lotes com vencimento para dezembro/19 tiveram alta de 5 pontos, cotados a 100,90 cents/lb e o março/20 anotou 104,45 cents/lb com 10 pontos de ganhos. O contrato maio/20 avançou 10 pontos, a 106,70 cents/lb e o julho/20 teve ganhos de 15 pontos, a 108,80 cents/lb.
Sem grandes novidades nos fundamentos, o mercado do arábica na ICE registrou oscilações técnicas, acompanhou o câmbio, mas também não deixou de lado as informações sobre a safra 2020/21 de café do Brasil, maior país produtor e exportador do mundo, apesar de chuvas recentes.
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Às 16h58, depois do fechamento do café na ICE, o dólar comercial tinha queda de 0,18%, cotado a R$ 4,154 na venda, acompanhando o exterior. De acordo com o site internacional Barchart, as oscilações cambiais tendem a impactar diretamente as exportações das commodities.
Operadores também seguem atentos no terminal externo com as condições de produção para a safra 2020/21 de café do Brasil. Apesar de precipitações recentes, diversas áreas estavam sem chuvas há meses e com altas temperaturas em momento de proximidade das floradas.
"As preocupações com a safra de café no Brasil aumentaram depois que o World Weather divulgou na quarta-feira que partes de Minas Gerais, a maior região produtora de café arábica do Brasil, receberam apenas 50% da precipitação normal no mês passado", disse o Barchart.
De acordo com os mapas de precipitação acumulada do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), nos últimos três dias, volumes expressivos foram registrados em diversas áreas centrais do Brasil, incluindo pontos do cinturão de café do Sudeste do Brasil, com mais de 50 milímetros.
O CNC (Conselho Nacional do Café) destacou a previsão de sol voltando nesta sexta sobre o interior de São Paulo. No sul de Minas, pancadas isoladas de chuva poderão ser registradas. Para o Espírito Santo e o Norte do Rio de Janeiro, são esperadas precipitações constantes e volumosas.
Outros países produtores enfrentam problemas com a condição climática no café. Na Colômbia, houve ajuste temporário no fator de rendimento básico do café. No Vietnã, produtores da principal província de café do país acompanham diminuição até do volume dos rios.
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Mercado interno
O mercado físico do café voltou a registrar retração nos últimos dias, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), por conta da preocupação climática. "Esse cenário, aliado à queda dos futuros da variedade em parte da semana passada, retraiu produtores consultados pelo Cepea das negociações", disse o centro.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 494,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,14% e saca a R$ 435,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 455,00 e queda de 1,09%. A oscilação mais expressiva no dia foi em Varginha (MG) com baixa de 1,15% e saca a R$ 430,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável), Patrocínio (MG) (estável) e Média Rio Grande do Sul (estável), ambas com saca a R$ 450,00. A maior oscilação foi em Varginha (MG) com baixa de 2,33% e saca a R$ 420,00.
Na quinta-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 437,50 e queda de 0,16%.
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