Café arábica sobe nesta 2ª feira em NY com movimentações técnicas ante perdas recentes
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta segunda-feira (23) com altas de pouco mais de 50 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado registrou movimentações técnicas depois das baixas recentes, mas também segue de olho no Brasil.
Os lotes com vencimento para dezembro/19 tiveram alta de 60 pontos no dia, cotados a 99,00 cents/lb e o março/20 anotou 102,50 cents/lb com 60 pontos de ganhos. O contrato maio/20 avançou 60 pontos, a 104,80 cents/lb e o julho/20 teve ganhos de 55 pontos, a 106,90 cents/lb.
"Os preços do café subiram nesta segunda-feira devido a uma cobertura de posições vendidas ante as mínimas de uma semana na sexta-feira. A alta é limitada pela fraqueza do real brasileiro, que chegou em baixas de duas semanas", destacou o Barchart sobre o fechamento.
Ainda de acordo com o site internacional, dados da sexta-feira do Commitment of Traders apontam que os fundos estavam com saldo líquido vendido em 1.923 contratos na semana de 17 de setembro para um recorde de 47.357 contratos.
Operadores seguem atentos com as condições da safra 2019/20 de café do Brasil. Diversas áreas estão sem chuva há meses e enfrentam altas temperaturas em momento e proximidade das principais floradas da safra 2020/21.
"As incertezas climáticas vão continuar e só após o período de chuvas do próximo verão é que poderemos ter uma estimativa mais confiável do tamanho de nossa próxima safra de café 2020/2021", destacou o Escritório Carvalhaes, em Santos (SP).
O técnico agrícola e cafeicultor Norberto Ricci, de São Sebastião do Paraíso (MG), destaca que em um de seus talhões com lavoura nova e terreno arenoso, a produção será zero na safra 2020/21 se chuvas não
retornarem nos próximos dias.
A questão climática também preocupa na Colômbia. A FNC (Federação Nacional dos Cafeicultores) ajustou temporariamente o chamado fator de rendimento básico do café, passando de 92,80 para 94 nas compras realizadas pela FNC por meio de cooperativas e da Almacafé, empresa ligada à entidade.
Mercado interno
Acompanhando o cenário externo, os preços no físico perderam ritmo nos últimos dias. "O volume de negócios caiu em relação à semana passada e os negócios que foram fechados, saíram nas mesmas bases dos da semana anterior, ignorando a queda na ICE", destacou na sexta-feira (20) o Escritório Carvalhaes.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 490,00 e alta de 0,82%. A maior oscilação ocorreu em Varginha (MG) com baixa de 2,08% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 450,00 e alta de 2,27%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 450,00 e alta de 2,27%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
Na sexta-feira (20), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 429,95 e alta de 0,71%.
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