Café encerra sessão desta 4ª feira em NY na estabilidade após pressão com câmbio e oferta
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (18) na estabilidade na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Apenas o vencimento maio/19 caiu 5 pontos. O mercado seguiu as informações da safra brasileira e câmbio.
O vencimento dezembro/19 teve queda de 395 pontos, a 100,35 cents/lb e o março/20 anotou 103,95 cents/lb com 390 pontos de perdas. O contrato maio/20 recuou 390 pontos, a 106,30 cents/lb e o julho/20 perdeu 390 pontos, a 108,40 cents/lb.
Em parte do dia, o mercado do arábica na ICE passou por movimentos de ajustes técnicos depois de cair quase 400 pontos na sessão anterior. Além disso, operadores seguiram atentos com as informações da oferta e safra brasileira.
Diversas áreas do cinturão produtivo de café do Brasil estão sem chuva há meses e com altas temperaturas. Esse cenário ocorre em um momento de proximidade das principais floradas da safra comercial 2020/21. As atenções também estão para a ferrugem.
"A situação das lavouras está ficando bastante complicada... Se não tivermos precipitações até o final da próxima semana a situação fica muito catastrófica", afirma o engenheiro agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, Alysson Fagundes.
A próxima safra de café do Brasil tende a ser de bienalidade positiva, ou seja, mais alta do que a que acabou de ser colhida, mas diante das recentes condições do tempo, a situação preocupa.
O Rabobank estima que a safra 2019/20 de café deve apresentar um déficit global de 4,1 milhões de sacas de 60 kg. Esse resultado, na visão do banco, tem potencial de movimentar as cotações externas do grão na Bolsa de Nova York (ICE Futures US).
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» Café: Rabobank estima déficit em 2019/20 e potencial de movimentação nas cotações em NY
Às 16h05, o dólar comercial registrava alta de 0,64%, cotado a R$ 4,104 na venda, acompanhando dados do Federal Reserve (Fed) e Copom. A moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity.
"Enquanto não tivermos uma inclinação para ativos de risco no exterior, o cenário interno não vai ser suficiente para atrair fluxo para cá. Precisamos de um cenário externo mais favorável", disse Fernando Bergallo, diretor de operações da assessoria de câmbio FB Capital.
Mercado interno
Os preços dos principais tipos de café negociados no Brasil voltaram a cair na terça-feira depois de picos importantes de alta nos últimos que favoreceram negócios. Alguns produtores já estavam retraídos com os preços praticadas no interno e devem aguardar por melhores oportunidades.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Varginha (MG) com saca a R$ 490,00 – estável. A maior oscilação ocorreu em Patrocínio (MG) com queda de 2,13% e saca a R$ 460,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 445,00 – estável. Não houve oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 450,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu no Oeste da Bahia (AIBA) com queda de 2,34% e saca a R$ 417,50.
Na terça-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 431,94 e queda de 1,95%.
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Ivanir Matos Espera Feliz - MG
Com esse preço do café, a maioria dos produtores do cerrado vai quebrar... não ficará ninguém no mercado nos próximos dois anos...