Café: NY encerra sessão desta 3ª em baixa após ajustes e expectativas de exportação
Os futuros do café arábica encerraram a sessão desta terça-feira (27) em leves baixas na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado passou por ajustes ante a alta recente, mas também sentiu pressão do câmbio e expectativas de exportação.
O vencimento setembro/19 encerrou o dia com queda de 35 pontos, a 93,80 cents/lb e o dezembro/19 anotou 97,15 cents/lb e 35 pontos de recuo. O março/20 anotou 100,75 cents/lb e 35 pontos de baixa e o maio/20 caiu 45 pontos, a 103,05 cents/lb.
O mercado do arábica na ICE teve reação importante na véspera com coberturas de posições vendidas e uma nova percepção dos operadores sobre a oferta global de café. Nesta terça-feira, no entanto, ajustes baixistas passaram a ser vistos.
Além disso, de acordo com informação reportada pelo site internacional Barchart, as cotações da variedade também sentiram a pressão de dados sobre a exportação de café por parte do Brasil, maior produtor e exportador do grão no mundo.
"A Marex Spectron prevê que as exportações brasileiras de café em agosto cheguem a 3,4 milhões de sacas, o que faria dos dois primeiros meses da safra 2019/20 um recorde de 6,8 milhões de sacas, aumento de 650 mil ante 2014/15", disse o Barchart.
Os futuros na ICE também foram impactados pelo câmbio. Às 16h43, o dólar comercial registrava alta de 0,20%, cotado a R$ 4,148 na venda, com o exterior. A moeda estrangeira mais alta em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity.
“Há um certo apetite ao risco, mas o mercado de moedas em geral está meio de lado. Não temos nada de novo. Talvez tenhamos chegado ao ponto máximo das tensões e agora estamos sujeitos a quaisquer declarações de ambos os lados”, disse economista sênior do Banco Haitong, Flavio Serrano, para a Reuters.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café passou a registrar negócios nos últimos dias acompanhando repiques de alta. "Muitas casas corretoras disseram ter havido um bom volume de vendas de origens no terminal, assim como comerciantes notaram um aumento no fluxo de negócios na principal origem, pontualmente ajudado pelas oscilações do dólar", disse analista de mercado Rodrigo Costa.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 472,00 – estável. A oscilação mais expressiva ocorreu em Varginha (MG) com alta de 1,15% e saca a R$ 440,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 430,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorrey em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 418,00 e alta de 0,48%.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 424,00 – estável. A maior oscilação ocorreu no Oeste da Bahia (AIBA) com alta de 2,34% e saca a R$ 394,00.
Na segunda-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 418,13 e alta de 2,01%.
0 comentário
Com a presença de toda a cadeia produtiva, Semana Internacional do Café discute sobre os avanços e desafios da cafeicultura global
Em ano desafiador para a cafeicultura, preços firmes e consumo aquecido abrem oportunidades para o setor
Mercado cafeeiro trabalha com preços mistos no início da tarde desta 5ª feira (21)
Cooabriel fala sobre a expectativa da safra do café conilon para o Espírito Santo e Bahia
Café Produtor de Água: em visita à Cooabriel, presidente do CNC anuncia implantação do projeto no ES
Sustentabilidade, tecnologia e tendências de consumo são destaques no primeiro dia da Semana Internacional do Café