Café arábica testa alta, mas fecha 6ª feira com leves perdas na Bolsa de Nova York
Os contratos futuros do café arábica encerraram a sessão desta sexta-feira (09) com leve baixa na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado oscilou dos dois lados da tabela, mas acabou pressionado pela fraqueza do real. Na semana, houve queda acumulada de 0,87%.
O vencimento setembro/19 caiu 10 pontos, a 97,30 cents/lb e o dezembro/19 anotou 100,70 cents/lb com perdas de 15 pontos. O contrato março/20 registrou 104,25 cents/lb com desvalorização 10 pontos e o maio/20 perdeu 10 pontos, a 106,60 cents/lb.
A sessão desta sexta foi marcada por altas e baixas. No final dos trabalhos, no entanto, acabou prevalecendo a pressão cambial, que impacta diretamente nas exportações. Além disso, os preços também realizaram ajustes ante a alta da véspera.
Às 16h37, o dólar comercial tinha alta de 0,38%, cotado a R$ 3,942 na venda acompanhando cautela exterior com China-EUA. "Um real mais fraco estimula a venda de exportação pelos produtores de café do Brasil", destacou o site internacional Barchart.
"Há poucos sinais de que os lados estão dispostos a fazer as concessões necessárias para colocar as coisas de volta nos trilhos", ponderou a equipe de analistas da XP Investimentos em nota a clientes para a agência Reuters.
Na véspera, o mercado do arábica registrou leve alta também acompanhando o câmbio e novidades nos fundamentos com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) diminuindo a produção total do Brasil para 52,1 milhões de sacas de 60 kg.
"Em Minas Gerais, na passagem de junho para julho, a estimativa da produção declinou 1,7%... No Paraná, a estimativa da produção também apresentou declínio de 5,8%", destacou o IBGE.
Após o mercado na ICE já ter fechado, o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) divulgou os dados de exportação do país em julho, com 3,2 milhões de sacas de 60 kg. O volume representa um crescimento de 28,2% em relação a julho de 2018.
"Os volumes exportados em julho mostram que o Brasil mantém um ritmo positivo e trabalhando o embarque de cafés sustentáveis com eficiência e qualidade. Um dos destaques foi o incremento nas exportações para os Estados Unidos e Alemanha, atualmente maiores importadores do café brasileiro", disse Nelson Carvalhaes, presidente do Cecafé.
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Mercado interno
O mercado brasileiro de café tem registrado picos de alta em algumas praças de comercialização depois de um cenário de retração das vendas por parte dos produtores, segundo analistas de mercado.
Segundo nota divulgada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), no final do julho os preços nas praças pelo país recuaram com a desvalorização externa e oscilações do dólar.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 460,00 e queda de 2,13%. Foi a maior oscilação no dia.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 420,00 – estável. A maior oscilação foi em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,23% e saca a R$ 410,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 421,00 – estável. A maior variação foi em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,27% e saca a R$ 400,00.
Na quinta-feira (08), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 410,31 e alta de 0,80%.
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