Café arábica sobe em NY em dia perdas de 1% do dólar e revisão de safra pelo IBGE
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quinta-feira (08) com alta de cerca de 50 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado seguiu as oscilações do dólar ante o real, que impacta nas exportações da commodity.
O vencimento setembro/19 subiu 50 pontos, a 97,40 cents/lb e o dezembro/19 anotou 100,85 cents/lb com ganhos de 55 pontos. O contrato março/20 registrou 104,35 cents/lb com valorização de 50 pontos e o maio/20 avançou 55 pontos, a 106,70 cents/lb.
O mercado externo do arábica teve um dia de ajustes ante a queda na sessão anterior, mas o câmbio foi o principal fator de suporte. Além disso, teve divulgação de safra por parte do IBGE com revisão para baixo por conta da variedade arábica.
"Os preços do café reagiram nesta quinta-feira depois que o real se recuperou em mais de 1% ante o dólar,estimulando uma pequena cobertura no café, já que o real mais forte desencoraja a exportação", disse o site internacional Barchart.
Às 16h37, pouco depois do fechamento do café arábica na ICE, o dólar comercial recuava 1,25% , cotado a R$ 3,925 na venda. Investidores acompanharam durante o dia o exterior com dados mais calmos ante a disputa entre China e Estados Unidos.
Outra divulgação altista foi a estimativa de safra de café do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A expectativa é de produção total de 52,1 milhões de sacas de 60 kg com uma revisão de 1% ante a previsão anterior com revisão no arábica.
"Em Minas Gerais, na passagem de junho para julho, a estimativa da produção declinou 1,7%... No Paraná, a estimativa da produção também apresentou declínio de 5,8%", destacou o IBGE.
Leia mais:
» IBGE reduz previsão de safra de café do Brasil, enquanto colheita segue para o fim
Mercado interno
O mercado brasileiro de café tem tido avanços de preço nesses primeiros dias de agosto depois de quedas recentes. Segundo analistas, os produtores no país estão reticentes às vendas.
Segundo nota divulgada pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), a pressão de preço recente veio da desvalorização externa da variedade e das oscilações do dólar.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor em Guaxupé (MG) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi em Lajinha (MG) com avanço de 2,38% e saca a R$ 430,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 420,00 – estável. A maior oscilação foi em Varginha (MG) com alta de 1,23% e saca a R$ 410,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 421,00 – estável. A maior variação foi em Lajinha (MG) com alta de 2,56% e saca a R$ 400,00.
Na quarta-feira (07), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 407,06 e alta de 0,59%.
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