Cotações do café fecham 2ªfeira desvalorizadas em NY na esteira de altas exportações brasileiras

Publicado em 05/08/2019 17:21

Da mesma maneira com que começaram o dia, os vencimentos do café arábica encerraram a segunda-feira (05) acumulando desvalorizações entre 250 e 255 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures Group).

O contrato Setembro/19 teve baixa de 250 pontos, a 95,65 cents/lb. Para o contrato Dezembro/19, a desvalorização foi de 255 pontos, a 99,15 cents/lb. Março/20 acumulou perda de 250 pontos, a 102,75 cents/lb e Maio/20, queda de 250 pontos, a 105,05 cents/lb.

Esses números representaram perdas de 2,79% para o setembro/19, 2,89% para o dezembro/19, 2,88% para o março/20 e 2,87% para o maio/20, com relação ao fechamento da última sexta-feira (02).

Segundo informações de Jack Scoville, analista do Blog Price Group, os futuros fecharam em baixa, já que o ritmo de exportação do Brasil ficou acima de 2,8 milhões de sacas por mês.

“Parece que os exportadores estão usando café velho junto com algum café novo para manter o ritmo tão forte como é. A nova safra está começando a ficar disponível para que o país consiga manter um forte ritmo de exportação pelo menos nos próximos meses”, diz Scoville.

O analista ainda acrescenta que essas vendas devem diminuir, a medida em que os vendedores aguardam preços melhores para as negociações. “A colheita do Brasil está se movendo e os produtores estão tentando armazenar a safra devido aos baixos preços atuais. Os relatórios indicam que os rendimentos não são realmente fortes e que a qualidade da cultura é fraca devido ao clima extremo visto no início da estação de crescimento”.

As incertezas quanto a produção e, principalmente, preços de venda também influenciam outros mercados produtores do grãos como o Vietnã e países da América Central.

“O Vietnã está relatando rendimentos mais baixos para a safra atual, já que o clima não era bom para a floração no início do ano. Houve alguns períodos quentes e secos que prejudicaram a produção e a qualidade desses cultivos também, mas as chuvas já são relatados agora nas Terras Altas Centrais e a ideia é de que as condições e o potencial de produção melhoraram. Já a América Central tem café em oferta, mas os preços de compra dos compradores têm sido muito baixos”, pontua Scoville.

Mercado Interno

No mercado brasileiro a maioria das movimentações também aconteceram do lado negativo das cotações.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 460,00 – com desvalorização de 1,08%, também a maior registrada.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha/MG, com saca a R$ 410,00, estável. A maior oscilação no dia dentre as praças aconteceu em Franca/SP com baixa de 2,41% e a saca valendo R$ 405,00.

O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 411,00 e movimentação de 1,20% negativo, com a maior queda sendo registrada em Franca/SP, 2,44%, e R$ 400,00 a saca.

Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira:

>> CAFÉ

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Tags:
Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Carlos Rodrigues

    Os produtores não devem mais queixar ... esta visto que também querem continuar a vender por estes preços ... os embarques para o exterior comprovam que afinal o pessoal anda satisfeito..

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