Café: Bolsa de NY fecha sexta-feira em baixa, mas cotações ficam praticamente estáveis na semana
Após oscilar entre os campos positivos e negativos ao longo do dia, a Bolsa de Nova York (ICE Futures Group) encerra esta sexta-feira (19) registrando desvalorizações para os vencimentos do café arábica. As baixas das principais cotações ficaram entre 130 e 135 pontos.
O contrato Setembro/19 teve baixa de 130 pontos, a 107,30 cents/lb. Para o contrato Dezembro/19, a desvalorização foi de 130 pontos, a 111,15 cents/lb. Março/20 acumulou perda de 135 pontos, a 114,80 cents/lb e Maio/20, queda de 130 pontos, a 117,10 cents/lb.
Esses números representaram perdas de 1,20% para o setembro/19, 1,16% para o dezembro/19 e 1,16% para o março/20 com relação ao fechamento da última quinta-feira (19).
Já na comparação semanal, os futuros do café arábica apresentaram leves valorizações de 0,61% para o setembro/19, 0,68% para o dezembro/19 e 0,66% para o março/20, quando comparado aos níveis fechados na última sexta-feira (12).
Segundo informações de Jack Scoville, analista do Price Futures Group, o mercado ainda espera por algo novo para negociar. “As baixas parecem ter perdido a força, mas ainda não há nada para desencadear uma recuperação neste momento”.
O site Barchart destaca que “os preços do café arábica na sexta-feira foram pressionados pela fraqueza do real frente ao dólar, uma vez que um real mais fraco estimula a venda de exportação pelos produtores de café do Brasil”.
A publicação diz ainda que outro ponto negativo é a perspectiva de clima seco no Brasil para acelerar a safra de café do país.
Ainda nesta sexta-feira, o CNC (Conselho Nacional do Café) divulgou seu balanço semanal apontando que o café permaneceu dentro do intervalo recente, em movimento lateral e sem indicar novas tendências.
“O dólar caiu leve na semana frente ao real, pressionado pelo movimento externo devido a impasse nas discussões comerciais entre Estados Unidos e China, receios com uma consequente desaceleração mundial e um movimento de corte de juros nas economias emergentes e desenvolvidas”, disse o Conselho.
Mercado Interno
No mercado brasileiro a maioria das movimentações também aconteceram muito próximas da estabilidade.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé/MG com saca a R$ 471,00 –estável. A maior oscilação foi registrada em Patrocínio/MG, queda de 1,09% e preço de R$ 455,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas/MG, com saca a R$ 431,00 sem movimentações.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Patrocínio/MG, Araguari/MG, Franca/SP e Rio Grande do Sul com saca a R$ 425,00 com estabilidade (apenas Patrocínio teve queda de 1,16%). Já a maior oscilação registrada pra o tipo foi percebida no Oeste da Bahia, alta de 1,28%, e a saca valendo R$ 395,00.
Confira como ficaram as cotações nesta sexta-feira:
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1 comentário
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Carlos Rodrigues
Há um sentimento de gigantesco excesso de café no mercado... nem geadas conseguem inverter essa tendência ... enquanto os produtores continuarem com a cabeça na areia, a situação de crise vai continuar... Só nos resta abrir novos mercados (Sudoeste asiático, por exemplo), e fazer qualidade... a diferenciação é o que pode nos alavancar. Temos de deixar de produzir só commoditie. Atenção, portanto, com as mudanças nos mercados financeiros.