Café arábica dispara 400 pts nesta 4ª feira e setembro/19 vai a US$ 1,13/lb
As cotações futuras do café arábica encerraram a sessão desta quarta-feira (03) com alta de 400 pontos na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O mercado externo do grão repercute divulgação da oferta, câmbio e também passou por ajustes técnicos.
O vencimento setembro/19 encerrou o dia com alta de 400 pontos, a 113,65 cents/lb, o dezembro/19 anotou 117,35 cents/lb com 400 pontos de ganhos. O março/20 subiu 395 pontos, a 120,85 cents/lb e o maio/20 teve 123,00 cents/lb e 395 pontos positivos.
O mercado oscilou no dia entre máxima de 115,00 e mínima de 109,68 cents/lb, segundo dados da Investing. Depois da queda na véspera, o dia foi de ajustes técnicos nesta terça na Bolsa de Nova York, mas o câmbio e informações da oferta contribuíram.
"Os preços do café subiam nesta manhã depois que a Organização Internacional do Café (OIC) sua estimativa de superávit de café em 2018/19 para 3,11 milhões de sacas, ante uma visão anterior de 3,41 milhões de sacas", destacou o Barchart.
Em menor intensidade, operadores também seguem atentos com a previsão do tempo no Brasil e possibilidade de geadas de moderada intensidade em áreas produtoras de café. Uma massa de ar frio avança sobre o Centro-Sul e chega no Sudeste no final da semana.
"Meteorologistas chamam atenção para as baixas temperaturas que podem prejudicar culturas neste final de semana, mas a maioria acredita que as temperaturas vão cair com potencial de causar leves geadas e nada mais", diz o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
A colheita do café na área de abrangência da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) atingiu 52,64% da área até 28 de junho, segundo a entidade. Os trabalhos estão mais adiantados que nos últimos anos. Em 2018, neste período, a colheita estava em 30,22%.
Agências internacionais de notícias acrescentam que os preços do café também acompanham as oscilações do dólar ante o real. Às 15h48, o dólar comercial recuava 0,73%, cotado a R$ 3,827 na venda, acompanhando os próximos passos da reforma da Previdência.
A moeda estrangeira mais baixa ante o real desencoraja as exportações, mas em compensação pesa sobre os preços externos.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços do Brasil reportou na segunda-feira que as exportações brasileiras de café em junho saltaram 30% de um ano para o outro, totalizando 2,80 milhões de sacas de 60 kg.
Mercado interno
O mercado brasileiro de café arábica registrou mais negócios nos últimos dias com os picos externos de alta na Bolsa de Nova York favorecendo os ganhos no físico. A queda na véspera, no entanto, derrubou as cotações internas.
O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) destacou que o indicador do arábica tipo 6 teve média de R$ 422,62/saca de 60 kg, queda de quase 15% frente à da safra anterior.
"A média do arábica foi, também, a mais baixa desde a temporada 2001/02, em termos reais", destacou em nota nesta quarta-feira o centro de estudos econômicos.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 480,00 e alta de 6,67%. Foi a maior no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 e valorização de 2,22%. A maior no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com alta de 3,41% e saca a R$ 455,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 450,00 e alta de 3,45%. Foi a maior no dia dentre as praças.
Na terça-feira (02), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 438,08 e queda de 0,63%.
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