Café: Tempo seco no BR em plena colheita faz NY recuar nesta 3ª e tocar mínima de 3 semanas
As cotações futuras do café arábica recuaram mais de 150 pontos na sessão desta terça-feira (18) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), atingindo mínimas de três semanas. O mercado volta a repercutir informações de tempo mais seco no Brasil em plena colheita da safra 2019/20.
O vencimento julho/19 fechou o dia com queda de 175 pontos, a 94,30 cents/lb, o setembro/19 anotou 96,60 cents/lb com perdas de 165 pontos. O contrato dezembro/19 recuou 165 pontos, a 100,25 cents/lb e o março/20 teve 103,80 cents/lb e 170 pontos negativos.
Depois de reação técnica na véspera, o mercado externo do arábica voltou a cair na sessão desta terça, oscilando entre máxima 98,33 cents/lb e mínima de 96,35 cents/lb, segundo dados da Investing. A previsão de tempo seco no Brasil foi o principal fator de pressão.
"Os preços do café caíram para mínimas de três semanas nesta terça-feira com as perspectivas de clima seco no Brasil, o que deve acelerar o ritmo de colheita no país", destacou o Barchart. Essa condição também favorece a secagem sem impactar a qualidade.
Os trabalhos de colheita dos cooperados da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) chegaram a 33,85% até o dia 14 de junho. A colheita está mais avançada ante os anos anteriores. A expectativa é que a produção de 7,6 milhões de sacas.
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"A colheita está avançando no Brasil. Informações indicam que os rendimentos não são altos e que a qualidade é baixa por conta das condições climáticas no desenvolvimento", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Ainda de acordo com o analista internacional, também pesa sobre os preços os altos níveis de embarques. "Um forte ritmo de exportação no Brasil continua a ser um problema para os altistas. O Brasil exportou mais de 3,0 milhões de sacas de café novamente no mês passado", disse Scoville.
O café arábica também fechou em forte baixa na semana passada. A divulgação da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) sobre os estoques privados de café do Brasil pesou. A estimativa de é que os estoques privados no Brasil totalizavam 12,893 milhões de sacas.
Mercado interno
Acompanhando as quedas externas, os negócios com café no mercado brasileiro perderam ritmo nos últimos dias. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) destacou que este início de mês de junho tem diso de agentes afastados e liquidez reduzida.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 425,00 e queda de 1,85%. A maior oscilação foi em Guaxupé (MG) com baixa de 4,60% e saca a R$ 415,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 400,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças foi em Franca (SP) com baixa de 2,47% e saca a R$ 395,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na Média Rio Grande do Sul com alta 1,27% e saca a R$ 400,00. A maior variação ocorreu em Guaxupé (MG) com baixa de 2,72$ e saca a R$ 394,00.
Na segunda-feira (17), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 401,64 e queda de 0,43%.
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