CNC: Café recua com pressão do dólar e movimentação dos fundos
Os contratos futuros do café voltaram a recuar no mercado internacional nesta semana, pressionados pela força do dólar, pela movimentação dos fundos de investimento e pela condição de oferta suficiente do produto. Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/18 do contrato "C" declinou 205 pontos, negociado a US$ 1,0265 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento novembro do café robusta fechou ontem a US$ 1.522 por tonelada, com perdas de US$ 19.
Em relatório da Commodity Futures Trading Commission (CFTC) divulgado na última sexta-feira, a posição líquida vendida dos fundos de investimento e especuladores passou de 100.533 para 106.105 lotes, pesando sobre as cotações do café em NY, que acumulam queda de 10,3% em 30 dias, de 24,9% em 2018 e de 27,4% nos últimos 12 meses.
O dólar comercial voltou a subir frente ao real na semana, encerrando a quinta-feira a R$ 4,145, o que representa elevação de 1% ante a sexta-feira passada. O avanço não foi maior devido à atuação do Banco Central (BC), que realizou leilão de 30 mil contratos de swap cambial (US$ 1,5 bilhão) extraordinários. A moeda norte-americana vinha sendo negociada acima de R$ 4,21 nos mercados à vista e futuro.
De acordo com analistas, os ativos negociados no Brasil refletem o mau humor externo, incluindo a piora do cenário na Argentina, onde, mesmo com os esforços do governo vizinho, o dólar se valorizou mais de 20% e ultrapassou o patamar de 41 pesos.
No Brasil, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a colheita de café arábica na safra 2018 está em sua reta final. Mesmo com o leve atraso em função das chuvas no início de agosto, os trabalhos vêm sendo favorecidos pelo tempo mais firme nos últimos dias. A expectativa é que a cata seja concluída até a primeira quinzena de setembro.
O balanço da safra atual, no geral, apresenta volume e qualidade superiores aos do ciclo cafeeiro antecedente. O quadro abaixo demonstra o andamento da colheita no cinturão produtor do Brasil e as condições em que se encontram as lavouras em cada região.
Ainda conforme o Cepea, o mercado físico teve estabilidade nas cotações apesar do recuo internacional, com a valorização do dólar limitando a pressão e afastando os participantes dos negócios a vista para o arábica. No caso do robusta, a força da moeda norte-americana estimulou vendas, com negócios sendo realizados.
Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 426,13/saca e a R$ 325,32/saca, respectivamente, com variações semanais de 0,1% e 1,4%.
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