Café: Bolsa de Nova York fecha sessão desta 5ª feira com leve baixa e estende perdas dos últimos dias
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (30) com leve baixa. O mercado externo sentiu mais uma vez a pressão da forte valorização do dólar ante o real e fatores técnicos. Essa é a terceira queda consecutiva.
O vencimento setembro/18 fechou o dia com alta de 30 pontos, a 98,95 cents/lb e o dezembro/18 anotou recuo de 25 pontos, a 102,65 cents/lb. Já o contrato março/19 registrou 106,00 cents/lb com 25 pontos de desvalorização e o maio/19 anotou 108,35 cents/lb com 30 pontos de perdas.
Como nos últimos dias, o mercado do arábica sentiu forte pressão do câmbio, fator que impacta diretamente nas exportações e nos preços externas das commodities, já que as transações são na moeda estrangeira. A divisa avançou no dia acompanhando as perdas das moedas emergentes no mundo e a cena política.
O dólar comercial encerrou o pregão desta quinta com alta moderada de 0,78%, cotado a R$ 4,1463 na venda, mas chegou a avançar quase 2,50% na máxima do dia, testando o patamar de R$ 4,2155. A divisa reduziu ganhos depois de atuação do Banco Central, que se viu obrigado a atuar no mercado cambial.
"Não havia nenhuma demanda genuína por dólar em 4,20 reais, era apenas efeito manada", argumentou o diretor de Tesouraria de um grande banco estrangeiro. As informações são da Reuters.
Segundo relatos de operadores para agências internacionais de notícias, essa nova valorização do dólar e fraqueza do real acabou atraindo vendas especulativas no mercado do arábica. Diante de mais uma queda, o mercado volta a se aproximar do patamar de US$ 1 por libra-peso nos primeiros vencimentos.
A colheita de café da safra 2018/19 do Brasil foi indicada em 94% até o dia 28 de agosto, segundo levantamento divulgado pela consultoria Safras & Mercado. Levando em conta a estima da consultoria de produção de 60,5 milhões de sacas de 60 kg no país, já foram colhidas 56,97 milhões de sacas no país. Mas os trabalhos seguem atrasados.
"Enquanto no conilon os trabalhos já se encerraram, a colheita de arábica entra na reta final, restando em muitos casos apenas a varreção. E os dados de produção vão confirmando a perspectiva de safra recorde e de boa qualidade", disse o analista de mercado da Safras, Gil Carlos Barabach.
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» Café: Colheita brasileira da safra 2018/19 do Brasil atinge 94% até 28 de agosto
Mercado interno
Os preços no mercado físico brasileiro ficaram estáveis a mais baixos nesta quinta. A alta da semana passada, no entanto, favoreceu que mais negócios fossem realizados. "Nesse cenário, a liquidez e o volume de negócios envolvendo o arábica estiveram maiores", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com saca a R$ 435,00 e queda de 1,14%.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca cotada a R$ 455,00 e alta de 2,25%. Foi a maior oscilação no dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 437,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com baixa de 2,44% e saca a R$ 400,00.
Na quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 425,67 e alta de 0,34%.
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