CNC: Dólar pressiona e café recua nos mercados internacionais
As cotações internacionais do café viveram nova semana de desvalorização, pressionadas pelo câmbio e pela rolagem de posições para fora do vencimento setembro nas bolsas internacionais. O início do período de notificação de entrega do contrato setembro/18, na ICE Futures US, começa no dia 23 de agosto.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento dezembro/18 registra sete quedas consecutivas, acumulando perdas de 7,5% em 30 dias, de 22,8% no ano e de 28,8% nos últimos 12 meses. Na semana, a queda foi de 470 pontos, encerrando a sessão de ontem a US$ 1,0535 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento novembro do café robusta fechou a US$ 1.596 por tonelada, com desvalorização semanal de US$ 42.
O dólar segue fortalecido em função da crise econômica na Turquia e pressiona os ativos em NY. A força da moeda na comparação com o real tende a estimular as exportações brasileiras, resultando em maior oferta e pressão sobre as cotações. Na semana, a divisa acumulou alta de 1,1%, sendo cotado a R$ 3,9052.
Em relação ao clima, são esperadas condições mais secas no fim de semana no cinturão cafeeiro, favorecendo o andamento da colheita. "Ao longo dos próximos dias e até nesse próximo fim de semana, as chuvas tendem a diminuir no Sudeste e no Paraná, o que vai ajudar na recuperação do ritmo de colheita dos cafezais, principalmente no Sudeste", informa a Somar Meteorologia.
No mercado físico, os agentes permanecem retraídos e os negócios calmos. Os preços seguem o desempenho internacional e recuam, ainda com baixa demanda dos principais compradores pelo café brasileiro. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e robusta recuaram 2,3% e 0,6%, cotados, respectivamente, a R$ 416,55/saca e a R$ 317,29/saca.
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