Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 4ª feira com leve alta e reverte baixa de 9 meses no mercado

Publicado em 04/04/2018 17:02

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Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (04) com alta próxima de 30 pontos depois de baixa de nove meses nos últimos dias. O mercado oscilou dos dois lados da tabela durante o dia e seguiu impactado por fatores técnicos. Os principais vencimentos seguem abaixo do patamar de US$ 1,20 por libra-peso.

O vencimento maio/18 encerrou o dia cotado a 116,90 cents/lb com valorização de 30 pontos, o julho/18 registrou 118,90 cents/lb com avanço de 25 pontos. Já o contrato julho/18 fechou a sessão a 121,05 cents/lb com alta de 25 pontos e o setembro/18, mais distante, encerrou o dia a 124,50 cents/lb e 25 pontos de valorização. Esse é o segundo avanço consecutivo.

O mercado do arábica iniciou a sessão de hoje com leve baixa, quando praticamente todas as commodities foram pressionadas diante de liquidações nos mercados internacionais. A informação da retaliação da China com uma lista de taxas sobre importações dos Estados Unidos em produtos como soja, aviões, carros, uísque e produtos químicos repercutia fortemente.

No entanto, a alta acabou prevalecendo no fim dos trabalhos desta quarta-feira em acomodação técnica e as cotações estenderam os ganhos da véspera, mas os principais vencimentos continuam abaixo de US$ 1,20 por libra-peso. Analistas apontam que faltam novidades para que o mercado esboce mudanças e fatores técnicos seguem dominando os preços.

Para Eduardo Carvalhaes, analista de mercado do Escritório Carvalhaes, novidades agora podem vir do clima, já que a colheita da safra 2018/19 do Brasil será realizada no decorrer dos próximos dias na maioria das origens produtoras. "Temos que torcer para que as chuvas não atrapalhem a qualidade da próxima safra de café", diz.

Para o analista, o Brasil tem sim possibilidade de registrar colheita recorde neste ano, mas ele ainda tem dúvidas com alguns dados de levantamentos privados. Carvalhaes acredita que a produção no país fique dentro do que foi estimado pela Conab (Companhia Nacional do Abastecimento), entre 54,4 e 58,5 milhões de sacas.

A Reuters internacional informou ainda que o rolamento de posições também contribuiu para o movimento positivo. "Os fundos, que detêm uma grande posição líquida vendida, estão sendo lançados do maio para julho..." disseram traders para a agência de notícias.

Mercado interno

Os negócios no mercado físico brasileiro seguem ocorrendo lentamente. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) informa, com base no relato de colaboradores, que os baixos patamares de preço nas praças de comercialização têm dificultado o fechamento de negócios, que ocorrem apenas quando há maior necessidade.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com saca a R$ 474,00 e alta de 0,64%. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 1,14% e saca a R$ 435,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca cotada a R$ 450,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,22% e saca a R$ 446,00.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (+0,68%) e Poços de Caldas (MG) (+0,23%), ambas com saca a R$ 441,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com alta de 2,38% e saca a R$ 430,00.

Na terça-feira (03), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 426,01 e alta de 0,37%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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