Café: Cotações do arábica recuam cerca de 80 pts nesta 3ª feira após alta seguidas na Bolsa de Nova York
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) recuaram cerca de 80 pontos na sessão desta terça-feira (27) em realização de lucros ante as altas registradas recentemente. Além disso, operadores no terminal externo seguem atentos com as informações sobre o desenvolvimento da safra 2018/19 do Brasil.
O contrato março/18 encerrou a sessão com queda de 55 pontos, cotado a 119,95 cents/lb, o maio/18 anotou 121,10 cents/lb com queda de 80 pontos. Já o julho/18 registrou queda de 75 pontos, fechando o dia valendo 123,30 cents/lb e o setembro/18, mais distante, caiu 75 pontos, a 125,55 cents/lb.
"As cotações tiveram um dia de ajuste técnico... A dúvida do mercado é até quando o primeiro vencimento conseguirá se sustentar acima dos 120,00 cents/lb já que os fundos estão com uma carteira grande vendida e não estamos percebendo uma mudança de postura dos mesmos", disse em relatório o analista da Origem Corretora Anilton Machado.
O mercado se ajusta tecnicamente desde a manhã desta terça-feira depois de três altas consecutivas. Elas eram motivadas também por oscilações técnicas, câmbio, mas principalmente depois que os especuladores aumentaram suas posições líquidas vendidas na semana anterior apostando em queda no mercado.
Em entrevista recente ao Notícias Agrícolas, Mário Panhotta, gerente de mercado da Cooxupé, já havia adiantado que o avanço dos últimos dias no café não poderia ser considerado uma reversão de tendência. Para ele, o mercado espera uma superssafra no Brasil e os fundos, por sua vez, combinam essa pressão nos preços.
Do lado fundamental, segue pesando sobre o mercado do arábica as informações sobre a safra brasileira. Algumas consultorias chegam a estimar a possibilidade de colheita recorde neste ano no país, ao redor de 60 milhões de sacas de 60 kg, contrariando o setor produtivo que levanta números mais baixos.
Mercado interno
Os negócios com café ocorrem lentamente nas praças de comercialização do Brasil diante de preços fragilizados e sem o dólar compensar as perdas recentes. Diante deste cenário, segundo reporta o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), compradores e vendedores se afastaram do mercado, mas devem voltar às praças com a proximidade da colheita.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 479,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 469,00 – estável. As praças não tiveram oscilação no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 450,00 e queda de 1,10%. A maior oscilação no dia ocorreu em Espírito Santo do Pinhal (SP) com queda de 2,27% e saca cotada a R$ 430,00.
Na segunda-feira (26), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 434,37 com queda de 0,25%.
1 comentário
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mauricio tobias de souza junior campestre - MG
só Deus pra ter dó mesmo. não entendem nada de lavoura eu falo ta ali mesmo no campo pra ver a situação das lavouras agora os produtores pequenos tem que esperar colher esta safra que estar por vir pra esses especuladores de merda verem que não tem esta super safra que tanto falam enquanto isso coitado dos produtores que tem que honrarem suas dividas.