Café: Cotações do arábica recuam cerca de 100 pts nesta 5ª feira em NY após duas altas seguidas
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (15) com queda de cerca de 100 pontos. Apesar de oscilar dos dois lados da tabela durante o dia, o mercado externo do grão acabou consolidando a baixa com ajustes técnicos, com suporte do câmbio e também informações sobre a safra 2018/19 do Brasil, maior produtor e exportador.
O vencimento março/18 fechou a sessão de hoje cotados a 121,75 cents/lb com queda de 105 pontos, o maio/18 registrou 124,15 cents/lb com recuo de 95 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 126,35 cents/lb e desvalorização de 85 pontos, enquanto que o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 128,60 cents/lb com recuo de 85 pontos.
Depois de duas altas seguidas, o mercado do arábica realizou ajustes nesta quinta, apesar de chegar ter registrado alta durante parte do dia. Além disso, o mercado também sentiu pressão de rolagens e do câmbio, já que após a queda de quase 3%, o dólar comercial encerrou o dia com leve alta de 0,26%, cotado a R$ 3,2359 na venda. A moeda mais alta tende a encorajar as exportações.
"O dólar ficou barato e trouxe importadores e investidores ao mercado", afirmou o gestor de uma corretora nacional à agência de notícias Reuters.
De acordo com sites internacionais, o mercado do arábica também oscilou na sessão com operadores acompanhando de perto as informações desencontradas sobre a safra 2018/19 do Brasil. Ela começa a ser colhida nos próximos meses. A Terra Forte estimou na quarta-feira que o país colherá uma produção recorde de 59,15 milhões de sacas de 60 kg, ante as ante 48,17 milhões da temporada anterior.
Por outro lado, segundo destacou em relatório recente o analista Rodrigo Costa, operadores também estão de olho em dados menos otimistas. "Números que indicavam uma safra próxima ou acima de 65 milhões de sacas não parecem ser a percepção da maioria e, portanto, podem gradualmente contribuir para dissipar um pouco esta sensação de que os preços devam cair muito mais", disse em relatório Rodrigo Costa, analista e diretor da Comexim nos Estados Unidos.
Mercado interno
A maioria das praças de comercialização no Brasil voltaram aos negócios nesta quinta-feira após as festas de Carnaval, no entanto, as transações ainda acontecem lentamente. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) acredita que nos próximos meses volumes mais expressivos devem ocorrer com a necessidade de caixa dos produtores para a colheita.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 486,00 e alta de 0,62%. Guaxupé (MG) teve a maior oscilação dentre as praças no dia com queda de 1,24% e saca a R$ 477,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 476,00 e alta de 0,63%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (estável) e Poços de Caldas (MG) (+0,66%), ambas com saca a R$ 455,00. A maior oscilação no dia foi registrada na Média Rio Grande do Sul com queda de 2,20% e saca a R$ 445,00.
Na quarta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 442,81 e queda de 0,45%.
0 comentário
Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)