Café: Bolsa de NY fecha semana com alta acumulada de 1% apesar de queda de mais de 100 pts nesta 6ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a semana com alta acumulada próxima de 1% e os principais vencimentos já estão mais próximos do patamar de US$ 1,25 por libra-peso. O mercado do grão oscilou dos dois lados da tabela durante a semana em ajustes, com compras especulativas sendo registradas, com o câmbio e também informações sobre as origens.
No mercado interno, os negócios seguem acontecendo lentamente e só deve ganhar ritmo nos próximos dias. (Veja mais informações abaixo)
Nesta sexta-feira (9), o vencimento março/18 fechou a sessão cotado a 121,85 cents/lb com queda de 100 pontos, o maio/18 registrou 123,80 cents/lb com recuo de 110 pontos. Já os lotes com vencimento para julho/18 encerraram o dia com 125,95 cents/lb e desvalorização de 120 pontos e o setembro/18, mais distante, caiu 120 pontos, fechando a 128,25 cents/lb.
Nos últimos dias, o mercado do arábica registrou o maior rally em cinco semanas, mas também registrou perdas em alguns dias. A alta acabou prevalecendo com compras especulativas e ajustes técnicos. Negociantes disseram à Reuters internacional que vendas dos produtores brasileiras contribuíram para que os preços do arábica reduzissem os ganhos.
O mercado conseguiu avançar na semana, apesar da queda na sessão desta sexta, motivada essencialmente pelas oscilações cambiais. O dólar comercial encerrou a sessão de hoje com alta de 0,65%, cotado a R$ 3,3023 na venda. Na semana, o dólar acumulou valorização de 2,73%, a maior desde o mês de maio do ano passado. O dólar mais alto ante o real tende a encorajar as exportações.
De acordo com dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), os embarques totais de café em janeiro totalizaram 2,49 milhões de sacas, o que representa uma queda de 5,9% ante o mesmo período do ano passado, com receita cambial de US$ 400,9 milhões e o preço médio em US$ 161,01. Os cafés diferenciados tiveram aumento representativo na participação.
"O resultado deste começo de ano já era esperado e segue de forma geral sem grande alteração para o mercado de exportação de café. Acreditamos que o ritmo seguirá mais lento até a entrada da nova safra, que trará uma expectativa melhor. Além disso, o volume de chuva tem sido alto, o que favorece a produção. Se o fator climático permanecer desta forma, será muito positivo", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.
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Ainda negativamente, mas do lado fundamental, seguem repercutindo entre os operadores as informações de melhores condições de produção no Brasil na safra 2018/19, assim como, positivamente, dá suporte ao mercado a divulgação de queda nos últimos doze meses na colheita colombiana, segundo maior produtor da variedade, de acordo com dados reportados pela Federação Nacional de Cafeicultores (Fedecafe).
A queda na produção da Colômbia, segundo informativa da Fedecafe, foi motivada pelas condições climáticas adversas para a produção no país. Segundo a trader I&M Smith, essa baixa na produção colombiana, assim como os menores volumes exportados, normalmente, seriam favoráveis às cotações se não fossem ofuscadas pelas melhores perspectivas de produção do Brasil.
A agência de notícias Reuters realizou uma pesquisa com 14 comerciantes e analistas de mercado e concluiu que o abastecimento global de café em 2018/19 terá um superávit com o Brasil, maior produtor e exportador do grão, caminhando para ter uma colheita recorde, mas os preços subirão modestamente até o final do ano.
Mercado interno
Os negócios com café seguiram acontecendo de forma pontual durante toda a semana. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), acredita que volumes mais expressivos de negócios devem ocorrer apenas nos próximos meses com a necessidade do produtor brasileiro "fazer caixa" para a colheita.
O Centro ainda ressalta que o desenvolvimento as lavouras do país seguem sem problemas, até o momento. "Segundo colaboradores do Cepea, o enchimento dos grãos segue sem problemas em todas as regiões acompanhadas", disse em informativo.
O tipo cereja descascado anotou maior variação na semana em Poços de Caldas (MG) com alta de 2,96% (R$ 14,00) no período e saca a R$ 487,00. A cidade teve o maior valor de negociação no período.
No tipo 4/5, a maior variação na semana foi registrada na cidade de Poços de Caldas (MG) com valorização de 3,02% (R$ 14,00) e saca a R$ 477,00. A praça teve o maior valor de negociação no período.
O tipo 6 duro teve maior oscilação na semana em Poços de Caldas (MG) com alta de 3,17% (R$ 14,00) e saca a R$ 456,00. O maior valor de negociação no período foi registrado em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 e avanço de 2,22% (R$ 10,00).
Na quinta-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 442,31 – estável.
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