Café: Bolsa de Nova York tem maior rally em cinco semanas com altas de quase 300 pts nesta 3ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) tiveram uma sessão de reação técnica nesta terça-feira (6) após seis desvalorizações seguidas e avançaram cerca de 300 pontos. O maior avanço em cinco semanas. Além disso, o mercado do grão também teve suporte importante durante o dia da atuação mais ativa de investidores no mercado.
O vencimento março/18 fechou a sessão de hoje cotados a 122,85 cents/lb com alta de 305 pontos, o maio/18 registrou 125,05 cents/lb com avanço de 295 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 127,40 cents/lb e valorização de 295 pontos, enquanto que o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 129,75 cents/lb com avanço de 295 pontos.
Depois de seis sessões seguidas no vermelho, o mercado do arábica testou recuperação técnica nesta terça. Porém, o câmbio e a atuação de investidores no mercado também contribuíram para o maior rally desde janeiro. "Houve uma cera troca de risco nesta manhã com o mercado de ações está em queda", disse um comerciante à Reuters internacional, acrescentando que o movimento fez especuladores cobrirem suas posições vendidas.
Nos últimos dias, pesava sobre o mercado do arábica o otimismo com a safra 2018/19 do Brasil, maior produtor e exportador do grão, que pode colher produção recorde neste ano. A trader Comexim estimou em relatório que o país pode colher até 60,7 milhões de sacas de 60 kg, o que representaria uma alta de 23% ante a temporada anterior. Essa safra é de bienalidade positiva.
A produção de café da Colômbia caiu cerca de 2% nos últimos 12 meses (fevereiro de 2017 a fevereiro de 2018), totalizando 14,1 milhões de sacas de 60 kg, segundo informações da Federação Nacional de Cafeicultores (Fedecafe) do país. A queda foi motivada pelas condições climáticas adversas.
A trader I&M Smith disse que "essa queda tanto na produção quanto nas exportações nos últimos quatro meses na Colômbia, terceiro maior produtor de café" normalmente seria "favorável", se não fosse ofuscada pelas melhores perspectivas de produção do Brasil.
Leia mais:
» Produção de café da Colômbia cai 2% nos últimos 12 meses
Mercado interno
As praças de comercialização do Brasil seguem trabalhando com negócios isolados nos últimos dias. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), maiores volumes de café devem ser negociados apenas nos próximos meses com a necessidade de "fazer caixa" para a colheita da nova safra.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável), Guaxupé (MG) (+1,05%) e Patrocínio (MG) (+1,05%), ambas com saca a R$ 480,00. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 1,06% e saca a R$ 478,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 475,00 e alta de 2,15%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 455,00 e alta de 2,25%. A maior oscilação no dia foi registrada em Espírito Santo do Pinhal (SP) com avanço de 2,33% e saca a R$ 440,00.
Na segunda-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 440,31 e alta de 0,15%.
0 comentário
Preços do café estendem alta de 3 semanas e fecham sessão desta 6ª feira (22) com ganhos de mais 4% na bolsa de Londres
Café: Mesmo nas máximas em 13 anos, preços não afastam compradores e mercado ainda é bastante resiliente
Safra de café da Colômbia 24/25 projetada em 12,9 mi sacas, diz USDA
Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas decide os vencedores de 2024
Café no varejo: vendas aumentaram 1,1% de janeiro a setembro em comparação com o mesmo período de 2023
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)