Café: Bolsa de Nova York encerra sessão desta 5ª em baixa com safra brasileira voltando a repercutir
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (1º) com leve baixa. O mercado recua pela quarta sessão consecutiva em acomodação técnica depois de altas recentes e com operadores voltando a repercutir as informações sobre melhores condições de produção na safra 2018/19 do Brasil, maior produtor e exportador.
Os lotes com vencimento para março/18 fecharam a sessão de hoje cotados a 121,40 cents/lb com queda de 45 pontos, o maio/18 registrou 123,75 cents/lb com recuo de 45 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 126,15 cents/lb e desvalorização de 40 pontos, enquanto que o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 128,50 cents/lb com baixa de 45 pontos.
Depois de realizar ajustes técnicos baixistas recentemente, o mercado do arábica voltou a repercutir com força as informações sobre alta produção no Brasil na safra 2018/19, inclusive com possibilidade de recorde segundo algumas estimativas. "Esperamos uma safra recorde no Brasil, a questão é saber seu tamanho", disse um negociante. As informações são da Reuters internacional.
O clima segue beneficiando as lavouras. De acordo com previsão com base no modelo Cosmo do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) são previstas chuvas volumosas nos próximos dias em Minas Gerais, maior estado produtor do grão. Também devem ocorrer precipitações ao longo da semana no Espírito Santo, Rondônia e Paraná nos próximos dias.
Além do maior otimismo com a safra brasileira, as cotações do grão no terminal externo também oscilaram com base nas vendas especulativas a descoberto, uma estratégia de investidores que visa o lucro futuramente. As informações são da Reuters internacional. O câmbio que também vinha pesando sobre os preços externos fechou a sessão desta quinta com leve baixa.
Mercado interno
As praças de comercialização do Brasil seguem registrando poucos negócios com preços pouco atrativos e expectativa de boa produção na safra 2018/19 do Brasil, segundo informou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
"Colaboradores do Cepea acreditam que produtores devem voltar a demonstrar interesse em negociar maiores volumes de café apenas nos próximos meses, devido à possível necessidade de "fazer caixa" para a colheita da nova safra", disse o órgão.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 480,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,64% e saca a R$ 468,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,65% e saca a R$ 458,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável) e Franca (SP) (estável), ambas com saca a R$ 450,00. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu no Oeste da Bahia com alta de 1,16% e saca a R$ 435,00.
Na quarta-feira (31), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 444,18 e alta de 0,48%.
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