Café: Bolsa de Nova York tem alta nesta 5ª pela segunda sessão seguida com câmbio e safra colombiana
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta quinta-feira (25) com alta de mais de 100 pontos. Em ajustes técnicos e com suporte das informações de chuvas em meio a colheita na Colômbia e com um novo recuo do dólar ante o real. Os lotes mais próximos já estão trabalhando ao redor de US$ 1,25 por libra-peso.
O vencimento março/18 fechou a sessão de hoje cotado a 123,65 cents/lb com alta de 115 pontos, o maio/18 registrou 126,05 cents/lb com avanço de 115 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 128,45 cents/lb e valorização de 115 pontos e o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 130,85 cents/lb com 115 pontos positivos.
Pela segunda sessão seguida, o mercado avançou em acomodação técnica, mas, principalmente, com suporte das informações sobre as chuvas em plena colheita na Colômbia, segundo maior país produtor da variedade, e com novas oscilações cambiais. As cotações tiveram forte queda nos últimos dias. As informações são de agências internacionais de notícias.
Depois da queda de quase 2,5% na véspera, o dólar comercial fechou a sessão desta quinta com leve queda de 0,28%, cotado a R$ 3,150 na venda. Em dia de feriado em São Paulo, a divisa segue repercutindo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está mais longe da corrida presidencial. A moeda menos valorizada tende a desencorajar as exportações da commodity.
Segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), as exportações do país em 2017 totalizaram 30,7 milhões de sacas e receita cambial de US$ 5,2 bilhões. Em termos de volume, isso representa uma queda de 10,1% em relação ao ano anterior. Para 2018, o Cecafé observa que a recuperação nos embarques deve começar no segundo semestre.
Apesar da alta, a tendência continua baixista para o mercado, segundo o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville. "Comerciantes estão notando o bom tempo sendo relatado no Brasil e esperam outra grande safra. Estas ideias tem o apoio na estimativa da Conab que veio maior do que o esperado pelo mercado e foi muito em linha de muitas estimativas privadas".
Mercado interno
Os negócios seguem acontecendo de forma pontual nas principais praças de comercialização do Brasil. Os preços do café, por sua vez, exibem ligeiras oscilações e não animam avanço nos negócios mesmo com as variações externas. Pelo contrário, a tendência é de preços mais baixos segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) por conta da safra alta neste ano no Brasil.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 490,00 e alta de 2,08%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças junto com Guaxupé (MG) que teve queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com avanço de 0,66% e saca a R$ 458,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação no dia em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 2,27% e saca a R$ 430,00.
Na quarta-feira (24), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 443,31 e queda de 0,07%.
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