Café: Depois de atingir US$ 1,30/lb, NY ganha força e fecha 1ª semana do ano com alta de quase 2%
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a semana com alta acumulada de quase 2%. O mercado avançou nos últimos dias com o câmbio, que influencia diretamente nas exportações da commodity, e com força dos indicadores gráficos, já que os principais vencimentos no mercado iniciaram o ano de 2018 testando o patamar de US$ 1,30 por libra-peso.
No mercado interno, os negócios seguem lentos e ainda em ritmo de final de ano. A comercialização deve ganhar ritmo nos próximos dias. (Veja mais informações abaixo)
Na sessão desta sexta-feira (5), os lotes com vencimento para março/18 fecharam cotados a 128,45 cents/lb com queda de 110 pontos, o maio/18 registrou 130,75 cents/lb com recuo de 115 pontos. Já os lotes com vencimento para julho/18 encerraram o dia com 133,05 cents/lb e desvalorização de 115 pontos e o setembro/18, mais distante, teve perdas de 120 pontos, fechando a 135,35 cents/lb.
Apesar da queda no dia, o mercado do arábica na ICE subiu bastante nos últimos dias, chegando a ultrapassar a casa dos US$ 1,30/lb, o que deu gás ainda maior às cotações. "Isso sugere que uma grande baixa ocorreu e agora podemos ver um viés altista estendido e sustentável no primeiro semestre de 2018", disse à Reuters internacional Shawn Hackett, presidente da Hackett Financial Advisors.
Ainda pairam sobre o mercado as informações sobre a melhora na produção das principais origens. As previsões climáticas continuam indicando boas chuvas para as principais regiões produtoras brasileiras. Hackett, porém, não acredita mais em safra recorde de cerca de 60 milhões de sacas no país.
Já o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) destacou em informativo a possibilidade de queda nos preços nacionais e internacionais. "O clima favorável ao desenvolvimento da safra 2018/19 no Brasil e a bienalidade positiva dos cafezais devem resultar em produção semelhante – ou até mesmo superior – à da temporada 2016/17, conforme pesquisadores do Cepea".
No cinturão produtivo brasileiro, já começam a repercutir informações sobre a próxima safra. Apesar da expectativa de colheita mais alta neste ano por conta da bienalidade positiva, cafeicultores das principais origens produtoras do país têm registrado queda acentuada de chumbinhos nos últimos dias das lavouras da safra comercial 2018/19.
A Fundação Procafé, uma das principais entidades de pesquisa na cafeicultura brasileira, havia alertado no final de 2017 sobre essa possibilidade registrada pelos produtores já que boa parte das lavouras floresceram com pouca folhagem. A queda dos frutos acontece, com maior intensidade, no período do início de enchimento, que vai de 80-100 dias pós-florada, coincidindo com os meses de dezembro e janeiro.
Mercado interno
Poucos negócios foram registrados durante a semana nas praças de comercialização do Brasil ainda em meio as comemorações de final de ano. Os negócios com café já aconteciam lentamente no mercado brasileiro e somente os produtores que necessitavam de caixa fechavam vendas. As transações devem voltar ritmo normal nos próximos dias, segundo analistas.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 500,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,42% e saca a R$ 478,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 480,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,43% e saca a R$ 468,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Araguari (MG) com baixa de 1,06% e saca cotada a R$ 465,00.
Na quinta-feira (4), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 454,29 e alta de 0,19%.
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Juan manuel niño ardila Oiba/Colombia
El ICO (International Coffee Org) acaba de publicar las estadísticas de exportación de Café para los dos primeros meses del año cafetero 2017/18 donde se observa una disminución de 2.2 mill de sacos para los meses de nov y Dic. Si se le suma la reducción de sept. 2017 la reducción total es superior a los 3,5 millones de sacos. Lo anterior indica que:
1- las cosechas para el actual año cafetero son bastante menores como ya se confirma en Brazil, Colombia, Indonesia y otros. Estas menores exportaciones reducirán en la mayor proporción los inventarios de los importadores en un mercado de demanda creciente. 2- que los inventarios de los productores están agotados. 3- Que la caída dramática de los precios no corresponde a la oferta física y real de café sino a la venta de contratos "de papel" -cortos- de los fondos especulativos que suman 82.000 cortos hasta el día 2 de enero 2018 equivalentes a más de 20 millones de sacos que deberán de recomprar para tomar "utilidades" si es que las logran, porque quien se los va a vender? Estas ventas especulativas fueron presionadas en forma irresponsable por el ICO con falsa información de un mercado "bien abastecido" cuando la realidad de sus propias estadísticas demuestra lo contrario y lo comprueban la reducción de inventarios tanto de productores como de importadores. Nota: sospechosa por decir lo menos la falsa información del Sr Sette director de ICO Y mas sospechosa aun su silenciosa información sobre la situación actual. Conclusión: 1- los precios del café tendrán una muy fuerte y rápida recuperación durante el primer semestre del 2018. Similar situación ocurrió en 1997 y 2011 en que los precios del café superaron US$3,10 2- Divulguemos en forma intensa y extensa esta información para promover la retención de café en la espera del fuerte incremento de precios. UN FELIZ 2018