Café: Após queda, Bolsa de Nova York vira e fecha sessão desta 5ª feira com alta próxima de 100 pts
Depois de estender as perdas da véspera durante a maior parte do dia, as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) acabaram encerrando a sessão desta quinta-feira (4) com alta próxima de 100 pontos. O mercado, mais uma vez, demonstrou força acompanhando os indicadores gráficos e parece que o patamar de US$ 1,30 por libra-peso deve ser mantido por alguns dias.
O vencimento março/18 fechou a sessão de hoje cotado a 129,55 cents/lb com alta de 95 pontos, o maio/18 registrou 131,90 cents/lb com avanço de 95 pontos. Já o contrato julho/18 encerrou o dia com 134,20 cents/lb e valorização de 90 pontos e o setembro/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 136,55 cents/lb com 90 pontos de alta.
Apesar da queda na véspera, essa alta técnica no mercado do arábica já era esperada por analistas, uma vez que o mercado atingiu níveis importantes. "Isso sugere que uma grande baixa ocorreu e agora podemos ver um viés altista estendido e sustentável no primeiro semestre de 2018", disse à Reuters internacional Shawn Hackett, presidente da Hackett Financial Advisors.
Do lado fundamental, relatos dos produtores de queda acentuada dos chumbinhos também dão certo suporte ao mercado. Apesar da expectativa de colheita mais alta neste ano por conta da bienalidade positiva, cafeicultores das principais origens produtoras do país registraram acentuada queda de chumbinhos nos últimos dias das lavouras da safra comercial 2018/19.
A Fundação Procafé, uma das principais entidades de pesquisa na cafeicultura brasileira, havia alertado no final de 2017 sobre essa possibilidade registrada pelos produtores já que boa parte das lavouras floresceram com pouca folhagem. A queda dos frutos acontece, com maior intensidade, no período do início de enchimento, que vai de 80-100 dias pós-florada, coincidindo com os meses de dezembro e janeiro.
Já o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) destacou em informativo a possibilidade de queda nos preços nacionais e internacionais. "O clima favorável ao desenvolvimento da safra 2018/19 no Brasil e a bienalidade positiva dos cafezais devem resultar em produção semelhante – ou até mesmo superior – à da temporada 2016/17, conforme pesquisadores do Cepea".
Mercado interno
Os trabalhos e também os negócios voltam a acontecer lentamente nas praças de comercialização do Brasil após poucas transações no final de 2017. Porém, segundo analistas, os negócios devem ganhar força mesmo a partir da próxima semana, quando todos os envolvidos estarão de volta às mesas de negociação.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 500,00 – estável. A maior oscilação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,21% e saca a R$ 480,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 480,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com queda de 0,21% e saca a R$ 470,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Vitória (ES) com alta de 1,16% e saca cotada a R$ 435,00.
Na quarta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 453,41 e queda de 0,42%.
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