Café: Bolsa de Nova York busca direcionamento e recua mais de 100 pts nesta tarde de 6ª feira
O mercado futuro do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) opera com queda próxima de 50 pontos nesta tarde de sexta-feira (22). As perdas da véspera são estendidas ainda em acomodação técnica, mas operadores no terminal externo seguem atentos às informações sobre os estoques e as projeções para a safra do Brasil e Colômbia na próxima temporada.
Por volta das 12h14 (horário de Brasília), os lotes março/18 estava cotado a 121,75 cents/lb com 50 pontos de baixa, o maio/18 caía 55 pontos, a 124,00 cents/lb. Já o vencimento julho/18 trabalhava com recuo de 55 pontos, negociado a 126,40 cents/lb, e o setembro/18 também tinha desvalorização de 55 pontos, cotado a 128,75 cents/lb.
O mercado do arábica na ICE se acomoda tecnicamente após as altas recentes, mas ainda não esboça tendência clara. Ainda assim, operadores seguem repercutindo, do lado negativo, informações sobre os estoques globais e dos Estados Unidos e também dados sobre a produção no Brasil e, do lado positivo, dados de colheita na Colômbia, segundo maior país produtor a nível global.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou nesta quinta-feira sua mais nova estimativa para a safra de café do Brasil, estimada em 44,97 milhões de sacas de 60 kg, com uma redução de 12,5% em relação ao ano anterior, quando atingiu 51,37 milhões. A área colhida também caiu. A redução foi de 4,3%, resultando em 1,87 milhão de hectares.
Segundo a instituição, a queda nos números se explica principalmente pela chamada bienalidade negativa do café arábica, cultivar que responde por 76,2% da produção total. O arábica tem como característica alternar uma safra alta com outra baixa, em ciclos bienais. Este ano foi de baixa, e a produção ficou em 34,25 milhões de sacas, com queda de 21,1% em relação à safra 2016.
No Brasil, por volta das 09h10, o tipo 6 duro era negociado a R$ 455,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, em Guaxupé (MG) os preços também seguiam estáveis a R$ 443,00 a saca e em Poços de Caldas (MG) estavam sendo cotados a R$ 452,00 a saca. Os negócios seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil.
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