Café: Depois de quatro altas seguidas, Bolsa de Nova York fecha sessão desta 3ª feira com leve baixa
Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) encerraram a sessão desta terça-feira (19) próximos da estabilidade, mas do lado vermelho da tabela. O mercado externo do grão se acomoda tecnicamente depois de registrar alta por quatro pregões seguidos e se aproximar do patamar de US$ 1,25 por libra-peso.
O vencimento dezembro/17 fechou a sessão cotado a 118,55 cents/lb com alta de 160 pontos, o março/18 registrou 121,80 cents/lb com recuo de 10 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 124,10 cents/lb e desvalorização de 5 pontos e o julho/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 126,45 cents/lb e com 5 pontos de queda.
Depois de seguidas altas nos últimos dias, o mercado do arábica na ICE passou por movimentos naturais de ajustes, segundo agências internacionais de notícias. Segue repercutindo no mercado as informações sobre a queda nos estoques dos Estados Unidos e a previsão do USDA de queda nos estoques globais para mínimas de cinco anos.
"A situação parece que mudou um pouco na América Latina. O Brasil teve baixas exportações, em cerca de 2,8 milhões de sacas, e tem estoques reduzidos que estão com exportadores e produtores. Muitos estão preocupados com o potencial de produção reduzido no Brasil devido à seca mais cedo e o inverno frio e seco, embora alguns exportadores sugerem que a perda potencial tem sido muito superestimada", explica o analista e vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Os estoques de café dos Estados Unidos tiveram a maior queda do ano no mês de novembro (297,53 mil sacas de 60 kg) e voltaram a ficar próximos dos níveis registrados em março deste ano, com 6,73 milhões de sacas, segundo dados da GCA (Green Coffee Association). Essa é a quarta queda seguida em 2017 e também a maior em três anos.
Já o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou recentemente que os estoques globais podem ficar em 2017/18 nos menores níveis em cinco anos, totalizando 29,3 milhões de sacas. Enquanto a produção global deve totalizar 159,9 milhões de sacas.
As baixas exportações do Brasil também contribuíram para a alta nas cotações nos últimos dias. O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou na terça-feira que as exportações de café do Brasil totalizaram 2,78 milhões de sacas de 60 kg em novembro, com receita cambial chegando a US$ 460,6 milhões e o preço médio em US$ 165,34. Em termos de volume embarcado, houve uma queda de cerca de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para o Escritório Carvalhaes, uma das principais corretoras do grão no país, novas baixas podem acontecer nos embarques do país. "O mercado físico brasileiro continuou difícil, com ofertas consideradas baixas pela maioria dos produtores, mas já estamos em meados de dezembro e os cafeicultores que querem vender ainda em 2017 acabam fechando negócio nas bases oferecidas pelos compradores".
Mercado interno
O mercado tem negócios isolados com envolvidos já em ritmo de final de ano. " O mercado físico brasileiro continuou difícil, com ofertas consideradas baixas pela maioria dos produtores, mas já estamos em meados de dezembro e os cafeicultores que querem vender ainda em 2017 acabam fechando negócio nas bases oferecidas pelos compradores", disse o Escritório Carvalhaes em nota na semana passada.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 500,00 – estável. Não houve oscilação nas praças de comercialização verificadas.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 470,00 – estável. Não houve oscilação nas praças de comercialização verificadas.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior variação no dia dentre praças ocorreu em Maringá (PR) com alta de 1,16% e saca a R$ 437,00.
Na segunda-feira (18), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 445,45 e alta de 0,28%.
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