Café: Bolsa de Nova York segue em ajustes nesta 5ª feira e fecha em alta pela segunda sessão seguida

O mercado do café arábica voltou a fechar em alta na sessão desta quinta-feira (14) na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), mas reduziu ganhos ao longo do dia. As cotações têm suporte técnico depois de se aproximar do patamar de US$ 1,20 por libra-peso e de olho nas baixas exportações brasileiras. Ainda assim, operadores seguem de olho na safra 2018/19.

Os lotes com vencimento para dezembro/17 fecharam a sessão de hoje cotados a 119,15 cents/lb com alta de 20 pontos, o março/18 registrou 120,30 cents/lb com avanço de 20 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 122,45 cents/lb e valorização de 20 pontos e o julho/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 124,70 cents/lb e 25 pontos de alta.

A Reuters internacional reportou nesta quinta que as vendas por porte dos fundos cessaram na véspera, favorecendo as altas. Indicadores gráficos também contribuíram para a reação do mercado, depois que as cotações recuaram para os níveis mais baixos desde junho, em cerca de US$ 1,20/lb. Os dados recentes de exportação também deram suporte aos preços, segundo agências internacionais.

O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou na terça-feira que as exportações de café do Brasil totalizaram 2,78 milhões de sacas de 60 kg em novembro, com receita cambial chegando a US$ 460,6 milhões e o preço médio em US$ 165,34. Em termos de volume embarcado, houve uma queda de cerca de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.

"O mercado de exportação de café segue dentro do previsto. Os embarques apresentam números dentro do esperado e devem finalizar o ano civil com 30/31 milhões de sacas. O primeiro semestre de 2018 não deve apresentar surpresas, com a performance da exportação brasileira seguindo tranquila", afirma o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes.

Apesar da valorização, novas baixas não estão descartadas já que do lado fundamental pesa sobre o mercado as chuvas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador do grão. "As chuvas, se continuarem em janeiro e fevereiro, farão com que o Brasil colha uma boa safra de ciclo alto, mas que não chegará perto dos números sonhados pelos compradores.", disse em informativo o Escritório Carvalhaes.

Mercado interno

O mercado físico brasileiro segue com negócios acontecendo de forma bastante lenta neste final de ano. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), agentes deixaram o mercado, travando as negociações. O principal fator que deve limitar as negociações em dezembro é a questão fiscal, devido ao imposto de renda, que tende a manter produtores afastados do mercado no restante do mês.

A comercialização da safra 2017/18 de café do Brasil chegou a 66% até o dia 12 de dezembro, segundo levantamento da Safras & Mercado. As vendas avançaram seis pontos percentuais em relação ao mês anterior, mas estão atrasadas ante o mesmo período de 2016

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O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca cotada a R$ 500,00 – estável. A maior variação no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) com alta de 0,64% e saca a R$ 475,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 e alta de 2,17%. Foi a maior oscilação no dia dentre as praças.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (estável) e Franca (SP) (+2,22%), ambos com saca a R$ 460,00. A maior variação no dia dentre praças ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,22% e saca a R$ 460,00.

Na quarta-feira (13), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 443,50 e alta de 0,61%.

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