Café: Após seis altas consecutivas, Bolsa de Nova York despenca mais de 300 pts nesta 5ª feira em ajustes
O mercado do arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) se ajustou tecnicamente na sessão desta quinta-feira (30) após subir por seis sessões seguidas. Além disso, as melhores condições climáticas no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador do grão, também contribuíram para a desvalorização de cerca de 3% das cotações, bem como o câmbio, que afeta diretamente as exportações.
Apesar da baixa, alguns vencimentos seguem próximos de US$ 1,30/lb, os lotes de dezembro/17 fecharam a sessão de hoje cotados a 126,30 cents/lb com queda de 330 pontos, o março/18 registrou 128,50 cents/lb com recuo de 370 pontos. Já o contrato maio/18 encerrou o dia com 130,65 cents/lb e desvalorização de 375 pontos e o julho/18, mais distante, fechou a sessão cotado a 132,90 cents/lb e 375 pontos de baixa.
Analistas internacionais não descartavam a possibilidade de ajustes técnicos no mercado nos últimos dias, já que a valorização recente com máximas de sete semanas não estava focada diretamente em questões fundamentais. O diretor da Pharos Consultoria e analista de mercado, Haroldo Bonfá, antecipou recentemente que as altas eram pontuais diante de oportunidades para os investidores.
Também pesa fundamentalmente para o mercado o clima favorável para as lavouras de café do Brasil, já que boas chuvas têm sido registradas nos últimos dias. Acumulados de até 100 milímetros são previstos para os próximos sete dias no Espírito Santo e Minas Gerais, de acordo com a Somar Meteorologia. As lavouras brasileiras enfrentaram condições climáticas adversas nos últimos meses.
O câmbio também contribuiu para a queda no mercado do arábica nesta quinta-feira. O dólar comercial recuou quase 1% na sessão, fechando a R$ 3,2716 na venda. O mercado repercutiu os temores de que o governo do presidente Michel Temer não consiga aprovar a reforma da Previdência nos próximos dias. A moeda estrangeira mais valorizada ante o real tende a dar maior competitividades para as exportações.
Mercado interno
Com alta nas cotações internas do café nas últimas semanas, mais negócios passaram a ser vistos nas praças de comercialização espalhadas pelo Brasil, segundo reportou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). Os recentes feriados no país prejudicaram um pouco a liquidez dos negócios, mas o mercado agora segue sem paralisações até o final do ano.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável), Guaxupé (MG) (-0,99%) e Patrocínio (MG) (estável), ambas com saca cotada a R$ 500,00. A maior variação no dia ocorreu em Lajinha (MG) com queda de 2,04% e saca a R$ 480,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Poços de Caldas (MG) com saca a R$ 472,0 e recuo de 0,42%. A maior oscilação no dia dentre as praças foi registrada em Franca (SP) com desvalorização de 2,08% e saca cotada a R$ 470,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação na Média Rio Grande do Sul com saca a R$ 465,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas foi em Araguari (MG) com queda de 3,16% e saca a R$ 460,00.
Na quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 460,12 e alta de 0,47%.
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