Futuros do arábica fecham a 4ª feira com leves altas em Nova York e espera novidades

Publicado em 15/11/2017 17:38

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Os futuros do café arábica na Bolsa de Nova York fecharam o pregão desta quarta-feira (15) em campo negativo. O mercado trabalhou durante todo o dia com leves baixas, de pouco mais de 30 pontos entre as posições mais negociadas. Assim, o contrato dezembro/17 terminou valendo US$ 126,75 cents de dólar por libra-peso, enquanto o maio/18 foi a US$ 132,35 cents/lb. 

O contrato março/18 - que fechou com 130,10 cents por libra-peso - permanece, portanto, abaixo da média móvel dos últimos 50 dias. 

Os preços encontram dificuldade para reagir no cenário internacional mesmo diante de uma menor participação do Brasil no mercado, como explica o analista de mercado Eduardo Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes em entrevista ao Notícias Agrícolas. Segundo ele, as cotações não refletem a realidade brasileira. 

Apesar disso, para Jack Scoville, analista de mercado da Price Futures Group, os traders esperam uma breve recuperação das cotações depois das recentes baixas. Os futuros poderiam estar encontrando um 'fundo' nesse momento. 

"As expectativas vêm com o sentimento de safras menores em toda a América Latina, especialmente no Brasil. As exportações brasileiras estão reduzidas nesse momento, já que os produtores estão menos interessados em novas vendas nesse momento", diz. Ainda de acordo com o executivo, há boas chuvas chegando às regiões produtoras, porém, o tempo seco pode voltar e trazer algum estresse para os cafezais. 

Nesse cenário, Scoville coloca os patamares de suporte para o contrato dezembro em 125,00 122,00 e 121,00 cents de dólar por libra-peso; e a resistência em 129,00, 130,00 e 133,00 cents/lb. 

Em paralelo, o que também limita um movimentação de recuperação do arábica é a recente valorização do dólar frente ao real. Nesta terça, a moeda americana voltou a subir frente à brasileira e retomou o patamar dos R$ 3,30, o que pesa de uma forma quase que generalizada sobre demais commodities agrícolas. 

A movimentação dos fundos, que revisam suas posições diante de dados do mercado brasileiro - como as exportações e embarques nacioanais e as expectativas sobre a safra 2018/19 - também ajudam a manter os preços sobre pressão em Nova York. 

"Cada vez mais a Bolsa de Nova York não reflete o que acontece no mercado físico. Me parece que Nova York refletiu muito mais a rolagem de contratos do dezembro para março do que qualquer coisa, tanto que estava em alta de manhã e depois perto da hora do almoço saiu de cerca de 100 pontos de alta para quase 200 pontos de baixa", diz Carvalhaes. 

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Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

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