Café: Bolsa de Nova York testou alta nesta 4ª, mas fechou em queda pela sexta sessão seguida

Publicado em 04/10/2017 17:58

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O mercado do arábica completou nesta quarta-feira (4) a sexta sessão seguida de baixa na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). No início dos trabalhos, em ajustes técnicos, as cotações da variedade no terminal externo chegaram a registrar alta. No entanto, ainda diante das chuvas no cinturão produtivo do Brasil, o campo negativo prevaleceu.

O contrato dezembro/17 fechou a sessão de hoje cotado a 125,15 cents/lb com queda de 30 pontos, o março/18 registrou 128,70 cents/lb com recuo de 30 pontos. Já o vencimento maio/18 encerrou o dia com 131,10 cents/lb e desvalorização de 30 pontos e o julho/18, mais distante, caiu 25 pontos, fechando a 133,45 cents/lb.

Mercado do café NY - 04/10/2017
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 4ª feira – Fonte: Investing

Com mais essa queda, os preços do arábica nos vencimentos mais próximos já estão abaixo do patamar de US$ 1,30 por libra. Chuvas seguem sendo vistas no cinturão produtivo brasileiro, mas elas devem diminuir nos próximos dias. Ainda assim, os operadores acreditam que essas melhores condições vão beneficiar a safra 2018/19 do grão. O Brasil é o maior produtor e exportador de café no mundo.

"A chuva desempenha um papel importante na floração dos cafeeiros, o que determina o potencial de produção para a próxima safra 2018/19", disse o Commerzbank em nota de mercado. Alguns produtores esperam boas floradas após a chuva, enquanto outros dizem que elas não foram suficientes. Há lavouras que já receberam floradas precoces nas últimas semanas.

Após dias seguidos no vermelho, ajustes técnicos naturais chegaram a ser vistos no terminal externo pela manhã. Mas, ainda assim, o clima segue sendo o principal fator fundamental. "Condições relativamente mais secas são previstas nos próximos 10 dias", afirmou o MDA Information Services à agência de notícias Reuters nesta quarta-feira.

Mapas climáticos apontam instabilidades sobre o cinturão produtivo de café ainda nos próximos dias, com precipitações entre 15 e 30 milímetros no Cerrado, Zona da Mata de Minas Gerais e o Centro e Sul do Espírito Santo. A partir de sexta-feira (6), no entanto, o tempo volta a ficar seco em todas as áreas produtoras da região Sudeste pelo menos por 10 dias.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça-feira (3), José Donizete Alves, fisiologista e professor da UFLA, destacou que as chuvas são bem-vindas ao cinturão produtor. Entretanto, a resposta da lavoura vai depender do seu estado vegetativo. O professor acredita que é impossível que o Brasil tenha uma supersafra de 60 milhões de sacas. Ele lembra que aquela primeira florada que ocorreu no mês de setembro, que representou cerca de 20%, está praticamente perdida.

Mercado interno

Os negócios com café nas praças de comercialização do Brasil estão lentos diante dos recuos externos por conta das chuvas que também impactaram os preços físicos. "Esse cenário mais positivo tem pressionado as cotações, tanto no mercado doméstico quanto no externo, mantendo agentes afastados das negociações", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).

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O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável) e Franca (SP) (estável), ambas com saca a R$ 500,00. A maior oscilação dentre as praças no dia ocorreu em Poços de Caldas (MG) que teve queda de 0,66% e saca a R$ 455,00.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 e alta de 2,17%. Foi a maior oscilação dentre as praças de comercialização para o tipo no dia.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) (-2,17%), Franca (SP) (estável) e Varginha (MG) (estável), ambas com saca a R$ 450,00. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com queda de 3,33% e saca cotada a R$ 435,00.

Na terça-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 442,08 e baixa de 0,68%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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