Café: Em ajustes, Bolsa de Nova York fecha sessão desta 3ª feira com leve alta após baixas recentes

Publicado em 26/09/2017 17:41

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As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) passaram por ajustes técnicos na sessão desta terça-feira (26). O mercado vem de três baixas consecutivas. Recompras de fundos foram registradas no terminal internacional à medida que envolvidos do mercado aguardam pelas chuvas no cinturão produtivo do Brasil. Com isso, os cafezais terão melhores condições de iniciarem a safra 2018/19.

O contrato dezembro/17 fechou a sessão de hoje cotado a 132,25 cents/lb com alta de 70 pontos, o março/18 registrou 135,85 cents/lb com avanço de 70 pontos. Já o vencimento maio/18 encerrou o dia com 138,20 cents/lb e valorização de 65 pontos e o julho/18, mais distante, subiu 60 pontos, fechando a 140,40 cents/lb.

Mercado do café NY - 26/09/2017
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 3ª feira – Fonte: Investing

"O mercado do arábica passou por acomodação técnica depois de cair quase 300 pontos na véspera diante das previsões de chuvas no cinturão produtivo do Brasil nos próximos dias", disse em relatório o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado. O mercado do arábica vem de três sessões seguidas de queda acompanhando as previsões de chuva no cinturão produtivo brasileiro.

Mapas climáticos dos principais institutos meteorológicos brasileiros apontam que chuvas isoladas podem ocorrer durante toda essa semana nas áreas produtoras de café do país. No entanto, os acumulados mais expressivos começaram a ser vistos a partir de sexta-feira (29). Boa parte das lavouras brasileiras estão sofrendo com as condições climáticas adversas nos últimos meses.

Apesar dos ajustes, segundo analistas internacionais, o mercado do arábica segue focado nas condições climáticas no Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo, no momento. "Para o potencial da colheita ser alcançado, as chuvas previstas precisam se materializar", disse o Commerzbank em nota de mercado.

Em entrevista para a agência de notícias Reuters, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Ricardo Silveira, disse que a baixa do grão tem deixado o setor indústria apreensivo. "Já era esperado que a safra deste ano fosse menor, porque é um ciclo de baixa (para o arábica). Mas com os preços em queda, a oferta está ainda mais seletiva (para a indústria). Se o produtor acha que não está sendo remunerado com esses preços, ele segura o café", disse.

Leia mais:
» Indústria de café do Brasil está apreensiva com restrição na oferta, diz Abic

A colheita da safra 2017/18 de café do Brasil está finalizada, mas dados de comercialização apontam que ainda há café disponível para negociação.

Mercado interno

Os negócios seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil, com produtores à espera de melhores patamares de preço. As quedas nos últimos dias no mercado externo também provocaram baixas no lado físico, o que acabou por piorar ainda mais o cenário. O Indicador Cepea chegou a cair quase R$ 10 por saca na última semana.

O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 520,00 e alta de 1,96%. Foi a maior oscilação dentre as praças no dia.

O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 490,00 e alta de 2,08%. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas.

O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Araguari (MG) com saca a R$ 490,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Franca (SP) com alta de 2,17% e saca a R$ 470,00.

Na segunda-feira (25), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 451,27 e queda de 1,83%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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