Café: Bolsa de Nova York completa nona sessão seguida de baixa nesta 5ª com liquidações dos fundos
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) completaram a nona sessão consecutiva de baixa nesta quinta-feira (24). O mercado segue impactado pelas liquidações por parte dos fundos de investimento. Além disso, o câmbio e as informações recentes sobre o clima no Brasil também seguem impactando os preços externos do grão.
O contrato setembro/17 fechou a sessão cotado a 126,70 cents/lb com alta de 45 pontos, o dezembro/17 registrou 127,90 cents/lb com recuo de 80 pontos. Já o vencimento março/17 encerrou o dia com 131,45 cents/lb e desvalorização de 85 pontos e o maio/18, mais distante, caiu 90 pontos, fechando a 133,75 cents/lb.
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 5ª feira – Fonte: Investing
"Os preços do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a fechar em baixa nesta quinta-feira e já completam a nona sessão seguida no vermelho. O mercado do arábica tem renovado mínimas de seis semanas seguidamente nos últimos dias, principalmente acompanhando liquidações por parte dos fundos no terminal externo", disse em relatório o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
Pela manhã, foram vistas valorizações da variedade na Bolsa de Nova York, mas o viés baixista logo voltou a tomar conta do mercado. "Os indicadores do momento continuam a favorecer o lado negativo e sugerem preços mais baixos, no entanto, a pressão de venda diminuiu em sessões recentes", disse à Reuters o analista técnico financeiro da Sucden, Geordie Wilkes.
Além de movimentações técnicas, os operadores no terminal externo acompanham as chuvas dos últimos dias no Brasil com a perspectiva de que possam favorecer a produção em 2018/19. O câmbio também pressiona os preços. O dólar comercial fechou a sessão desta quinta-feira com alta de 0,17% ante o real, a R$ 3,1473 na venda, depois que o governo conseguiu aprovar na Câmara a Taxa de Longo Prazo (TLP) atraindo fluxo comprador.
A colheita de café segue sendo realizada no Brasil, maior produtor e exportador da commodity. Segundo estimativa da Safras & Mercado, os trabalhos estavam em 94% até o dia 22 de agosto. É apontado que já foram colhidas 48,21 milhões de sacas de 60 kg levando em conta a estimativa da consultoria de produção de 51,1 milhões de sacas no país.
Leia mais:
» Café: Safras & Mercado estima colheita 2017/18 no Brasil em 94% até 22/08
Mercado interno
Os negócios com café acontecem lentamente nas praças de comercialização do Brasil. No entanto, os preços internos do grão estão mais baixos diante das quedas externas, de acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP). O que acaba afastando ainda mais os produtores.
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 460,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 1,15% e saca a R$ 430,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 470,00 e alta de 2,17%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Varginha (MG) com 460,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 1,15% e saca a R$ 430,00.
Na quarta-feira (23), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 446,41 e queda de 0,57%.
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