Café: Bolsa de Nova York fecha sessão desta 4ª feira com leve baixa e estende perdas
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou a sessão desta quarta-feira (23) com leve queda nos principais vencimentos e alta de 40 pontos nos lotes de setembro/17. As cotações da variedade buscaram acomodação durante o dia e as liquidações dos fundos seguem sendo registradas. Com isso, os preços externos do grão atingiram mínimas de seis semanas.
O contrato setembro/17 fechou a sessão cotado a 126,25 cents/lb e alta de 40 pontos, o dezembro/17 registrou 128,70 cents/lb com recuo de 40 pontos. Já o vencimento março/17 encerrou o dia com 132,30 cents/lb e desvalorização de 40 pontos e o maio/18, mais distante, caiu 95 pontos, fechando a 135,05 cents/lb.
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 4ª feira – Fonte: Investing
A atuação dos fundos no mercado foi o principal fator de pressão para as cotações na sessão, segundo informações de agências internacionais com base no relato de negociadores do mercado. Além disso, indicadores técnicos também contribuem para o cenário baixista visto nas últimas sessões, com cotações abaixo do patamar de US$ 1,30 por libra-peso. Essa é a oitava sessão seguida de baixa no mercado.
Os operadores no terminal externo também seguem acompanhando a oferta do mercado brasileiro, que é o maior produtor e exportador da commodity no mundo. "Os estoques estão aumentando, apesar das menores exportações de Brasil", disse à agência de notícias Reuters o vice-presidente de negociação da INTL FCStone, Julio Sera, que acrescenta ainda que essa percepção aumentou as dúvidas sobre a demanda no mercado.
Nas últimas sessões, as chuvas em algumas áreas do cinturão produtivo do Brasil também deram pressão aos preços externos do grão. A percepção dos operadores era que essas precipitações poderiam beneficiar a produção na safra 2018/19 que já tende a ser de bienalidade positiva, com potencial de produção de 60 milhões de sacas de 60 kg, segundo alguns analistas.
A colheita de café do Brasil segue sendo realizada, mas praticamente finalizada. Na área de abrangência da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé) ela chegou a 92,17% até o dia 19 de agosto, ou 6,27 milhões de sacas de 60 kg levando em conta a previsão inicial da cooperativa. No ano passado, neste mesmo período, os cooperados da maior cooperativa do Brasil estavam com colheita em 87,24% do total esperado na safra de café.
Leia mais:
» Colheita de café da safra 2017/18 dos cooperados da Cooxupé atinge 92,17%
Mercado interno
Os negócios com café seguem acontecendo lentamente nas praças de comercialização do Brasil, mas agora os preços internos estão mais baixos diante das quedas externas. " Após atingirem o patamar de R$ 470,00/saca de 60 kg no início do mês, os preços do arábica despencaram na última semana, refletindo, principalmente, a desvalorização da variedade no mercado internacional", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com saca a R$ 500,00 e alta de 2,04%. Foi a única oscilação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Varginha (MG) com saca a R$ 465,00 – estável. As praças não registraram variação no dia.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Varginha (MG) com 460,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu no Oeste da Bahia com queda de 0,55% e saca a R$ 450,00.
Na terça-feira (22), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 448,96 e alta de 0,07%.
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