Café: Bolsa de Nova York estende em mais de 100 pts perdas da véspera nesta 4ª feira com chuvas no Brasil
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam a sessão desta quarta-feira (16) com queda de pouco mais de 100 pontos, renovando as perdas da véspera de quase 500 pontos. O mercado acompanha as previsões de chuva no Brasil, maior produtor e exportador da commodity, mas também sente pressão de vendas especulativas e rolagens de posições.
O contrato setembro/17, referência de mercado, fechou a sessão cotado a 130,95 cents/lb e alta de 105 pontos, o dezembro/17 registrou 134,50 cents/lb com recuo de 105 pontos. Já o vencimento dezembro/17 encerrou o dia com 138,10 cents/lb e desvalorização de 100 pontos e o março/18, mais distante, caiu 95 pontos, fechando a 140,40 cents/lb.
Gráfico do mercado do café na Bolsa de Nova York nesta 4ª feira – Fonte: Investing
"Pelo terceiro pregão consecutivo, as cotações fecharam em queda perdendo boa parte dos ganhos acumulados nos últimos dias. A cotação está na mínima desde o dia 25 de julho. Vendas especulativas, rolagens de posições e especulações sobre chuvas no Brasil pressionam as cotações", disse em relatório o analista de mercado da Origem Corretora, Anilton Machado.
Agências internacionais de notícias também reportam que os operadores no terminal externo estão atentos as previsões climáticas no Brasil. "A safra 2018/19, em particular, pode se beneficiar das chuvas, e, de qualquer forma, será um ano de alto rendimento no ciclo de bienalidade", disse o Commerzbank em nota de mercado. As informações são da agência de notícias Reuters.
Apesar da queda no mercado, o vice-presidente da Price Futures Group e analista de mercado, Jack Scoville, acredita que as notícias de broca nas lavouras brasileiras estão indicando para perdas adicionais na safra 2017/18 e há também temores de que a praga prejudique a produção na próxima safra, que pode chegar a até 60 milhões de sacas, segundo estimativas privadas.
Os estoques de café verde dos Estados Unidos fecharam o mês de julho com alta de 118,367 mil sacas de 60 kg, totalizando 7,41 milhões de sacas. Esse é o maior volume já registrado desde janeiro de 1994, quando os estoques do país totalizaram 7,94 milhões de sacas. Os dados foram divulgados em relatório da GCA (Green Coffee Association) na terça-feira (15).
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Mercado interno
Os preços internos do café arábica tiveram alta nos últimos dias, mesmo em plena colheita, com negociações da nova safra acontecendo lentamente. "Segundo pesquisadores do Cepea, o impulso vem da forte retração de produtores, que estão concentrados nas entregas futuras, e da expectativa de que a safra de arábica 2017/18 seja menor que a esperada, por conta de problemas de padrão (menor peneira) e de produtividade (como a broca)", disse o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP).
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O café tipo cereja descascado registrou maior valor de negociação em Guaxupé (MG) (estável) e Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável), ambas com saca a R$ 500,00. A maior oscilação no dia ocorreu em Varginha (MG) com recuo de 4,00% e saca a R$ 480,00.
O tipo 4/5 registrou maior valor de negociação em Franca (SP) com saca a R$ 490,00 – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Varginha (MG) com queda de 2,08% e saca a R$ 470,00.
O tipo 6 duro anotou maior valor de negociação em Franca (SP) (+1,05%) e Espírito Santo do Pinhal (SP) (estável) com R$ 480,00 a saca. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas ocorreu em Varginha (MG) que teve de 2,31% e saca a R$ 465,00.
Na terça-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 459,26 e queda de 1,64%.
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